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Devemos usar o privilégio de fruir o tempo

7 jan 2019 - 09h00
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Primeiros dias de 2019, hora das famosas “Resoluções de Ano Novo”. Mandamento número um: priorizar a qualidade sobre a quantidade de tempo.

Pesquisadores, discretos, sorrateiros, mediram no cronômetro o tempo médio que os visitantes do Museu do Louvre empregavam para contemplar (se é que se pode chamar assim) uma obra de arte: dois segundos. Raramente detinham-se mais do que dez segundos.

Mesmo no museu, onde os objetos só entregam seu significado e poder se forem esmiuçados longamente, estamos tão apressados, correndo tanto, que nada registramos, nada retemos.

Foto: BrianAJackson / iStock

Queremos chegar o quanto antes na lojinha dos presentes, sem perceber que é a jornada em si que vale a pena, devendo ser feita corretamente: no contato certo, na experiência certa, no tempo certo.

A vida anda muito agitada. Se não tomarmos cuidado acabamos passando por ela sem apreciar nada. O que fazer? Sempre que possível, como condição básica, puxe uma cadeira (real ou metaforicamente): sente, relaxe, organize-se.

Poder fruir o tempo é um privilégio que não devemos jogar na lata do lixo. O tempo é nosso legado, nosso meio de compartilhar a grandeza espiritual de outros homens e mulheres. O tempo representa uma continuidade da experiência humana em todas as partes do mundo e em todos os períodos da história.

Uma responsabilidade que podemos assumir é exatamente essa, educar e reconhecer o valor do tempo que nos permite uma série de coisas: parar, olhar, fruir, raciocinar. Dar tempo ao tempo permite entender nossa cultura, apreciar a totalidade das experiências e seus sentidos profundos – inclusive até o âmago dos conhecimentos Espiritualizados.

Viver na pressa, como acabamos involuntariamente precisando em muitas circunstâncias, torna-nos prisioneiros do superficial e do esquecimento, deixa nossa mente esvaziada e o sentido do viver empobrecido.   

Ouso então afirmar: nesse momento em que tudo parece urgente, nada é mais urgente do que recuperar o sentido do tempo. Como? Paradoxalmente filtrando aquilo que é mesmo urgente, separando joio de trigo para que o pão de cada dia fique melhor, amassado e cozido com menos pressa e menos angústia.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

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Fonte: Marina Gold
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