Vidente explora o conceito de avareza; entenda
Uma esmola, gesto pequeno para quem dá, enorme para quem recebe. Mas será mesmo assim? Penso que não, penso que a realidade esotérica se equivale, se equilibra, e ambos saem ganhadores. Esse, infelizmente, não é o raciocínio nem a compreensão do avarento.
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Um amigo, pessoa madura, bem resolvida na vida, generoso, justificou assim ter sacado da carteira uma pequena soma e passado para um pedinte que nos abordou: "deu-me pena pensar na miserável condição do velho; e minha esmola, que o ajudava um pouco, também me aliviou".
É o que chamo de muita sabedoria, simples como qualquer sabedoria que se preze precisa ser, em uma capsula de grande densidade. Nada mais do que uma visão lúcida de uma realidade que se apresentou à sua frente - uma pessoa cheia de necessidades -, somada à sua boa intenção - dar uma ajudinha - e coração para perceber que os ganhos seriam recíprocos - todos ficariam mais felizes e em paz com os acontecimentos.
Meu amigo, valoroso mão-aberta, em um mundo cada vez mais cruelmente ganancioso, mostra como somos animais pró-sociais, nos importamos com o que está acontecendo ao nosso lado e, por isso mesmo, fomos capazes de progredir carmaticamente e viver, apoiados em nossa natureza altruísta, em cidades, trabalhando em grupo, tecendo uma teia de conexões que nos liga (parentes, amigos, colegas, simples conhecidos, etc.) uns aos outros.
Contrasto essa reflexão com outra passagem que acompanhei. Estava fora de casa, em uma avenida grande, movimentada, bairro residencial dos mais ricos da cidade. Uma moça, sofrida, bebê no colo, aborda, mão estendida, palavras de apelo, um senhor distinto que vem passando com boas roupas, bom sapato. Ele, para nossa surpresa, sem parar, desviando o olhar, atropelando, grulhe feroz: "ora, vagabunda, vai trabalhar! Por acaso eu não trabalho?"
O que dizer? Além das constatações sociológicas podemos notar o desequilíbrio esotérico ali manifestado. Um gesto gratuito de violência física e verbal. Se a moça, na avaliação dele, não merecia uma ajuda, também, evidente, não merecia ser agredida. Aliás, ajudar a moça seria, nesse caso que tive a infelicidade de acompanhar, bem mais proveitoso para o nosso amigo selvagemente apressado do que para o bebê que se manteve tranquilo e risonho no colo pobre mas amoroso da mãe.
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