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Valores e cobranças

21 jun 2019 - 09h00
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Coluna anterior refletir sobre o imperativo da Vidência estar de mãos atadas à Verdade (“V de vidência e de verdade”) – Valor maior para qualquer sensitivo sério. Sempre recebo no meu consultório exemplos da questão. Relato uma passagem. 

Valores e cobranças
Valores e cobranças
Foto: iStock

Ao abrir a porta para aquela cliente, percebi de imediato o nó do problema. Ela se segurava com todo empenho e todas as forças, obtendo – diga-se – bom sucesso, para não entrar de vez na “terceira idade”, ou “melhor idade” – como chamam por aí. 

Ela veio saber das chances amorosas com um rapaz, muito mais jovem, que tinha conhecido alguns dias antes. Ela estava entusiasmada, convencida que seria uma relação equilibrada, sólida, satisfatória, “um grande amor” em resumo. 

Fui, desenvolvendo nossa consulta, falando livremente do que via. Percebendo, na medida em que a coisa se desdobrava e fluía, que o caminho trilhado se distanciava mais e mais (se opunha mesmo) daquele que ela esperava. 

Tive enorme tentação. Não digo de mentir, mas, perdoem o eufemismo, de “adaptar a verdade”, maquiar as coisas, mascarar o que estava claro para mim ou para qualquer um, mesmo sem ser vidente dotado de capacidades sensitivas.  

Fiquei muito aflita com a decepção gerada, aflita e chateada – claro que ser portadora de boas notícias é fácil, doloroso é precisar indicar inconvenientes, apontar os problemas, informar equívocos, revelar enganos, erros. 

Porém, uma consulta esotérica não está no mundo apenas para dar alegria e esperança àqueles que a procuram. Lembrei-me disso, busquei no meu feixe de memórias as diversas e diversas vezes que precisei mostrar e insistir na correta Verdade, mesmo desencantando alguém. Fiz interiormente a pergunta: “É o melhor?”. Respondi para mim mesmo: “Sem sombra de dúvida”.

Olhei nos olhos da cliente. Ela estava decepcionada e abatida, assimilando que o frágil castelinho de areia tinha sido lambido por uma onda que me coube soprar. Respirei fundo e falei: “Não cobro”. “O que?”, perguntou-me ela. 

Eu, indignada com os limites do meu dom, sem poder fazer mais nada por ela, expliquei; “Não vou te cobrar a consulta! Você não veio para ficar infeliz! Ninguém merece pagar para ficar aborrecida como você, com razão, está...”

Ela ficou surpresa com a solução que eu dei. Eu fiquei aliviada. Fiz o que estava ao meu alcance: falei, apesar de todas as sequelas, a mais completa Verdade e soube costurar uma compensação que nos deixou confortáveis. 

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

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Fonte: Marina Gold
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