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'V' de vidência e de verdade

20 jun 2019 - 09h00
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Já dizia o agudo Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra”. Acho que o meu querido leitor, também entre risos, concorda. Nenhuma atividade humana pode ser aprovada “indefinidamente cem por cento por todos”. 

Profeta Nepal e mulheres vestidas roupas tradicionais vermelha no evento religioso no templo
Profeta Nepal e mulheres vestidas roupas tradicionais vermelha no evento religioso no templo
Foto: iStock

Na vida profissional aprendi, repetidamente, confrontada com tal realidade. Mesmo a Vidência, sutil expressão que mistura sensibilidade e pensamento, tão pouco explicada pelos meios científicos de abordagem, algumas vezes não se desdobra como experiência de plenitude.

Como toda situação aberta, a Vidência se mostra rica em ação e contradição. Seu caráter é plural e mobilizador, geralmente ambíguo, transitando entre a alegria e a elucidação, o crescimento e o sofrimento. 

Assim, da mesma forma como há consulentes que gostam muito do atendimento, saindo animados e felizes, há outros que se decepcionam com as revelações ou possibilidades futuras que são apresentadas a eles durante a sessão. 

A aceitação do que está sendo exposto pode ser medida pelo grau de expectativa que o cliente revela no decorrer da consulta. Muitas vezes, quando o cliente está mais preparado e melhor resolvido com seus conflitos, é mais fácil enxergar e dizer aquilo que ele não espera. O problema começa quando o cliente, desprotegido, carrega suas próprias negações: nesse contexto, o afastamento daquilo que ele esperava ou gostaria de ouvir é bastante complicado.

Claro, é triste para quem consulta e doloroso para quem está consultando. Ninguém gosta de ser portador de más notícias. Qualquer profissional que precise cortar esperanças, principalmente as de um ser humano em busca de melhoria, de abertura de caminho, de luz, necessita preparo e maturidade específica.

Claro que, por outro lado, deixar de posicionar o que a Espiritualidade apresenta, mentir, alimentar falsas ilusões, é pior. Pior mesmo: compromete, atrapalha e prejudica as escolhas e tomadas de decisão. 

Nesses tantos anos de prática descobri que dizer a Verdade (“doa a quem doer”, como se diz) é sempre a melhor opção, por mais aflitiva que ela seja, por mais que ela traga um desagradável choque de realidade.

Trata-se de escolha inquestionável. Precisa ser feita de maneira firme, sem titubear. Sonhos, expectativas, intenções alheias não podem confundir, abalar ou interferir. Na bifurcação deve-se trilhar, mesmo que mais desafiador, o caminho correto, da Verdade

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

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Fonte: Marina Gold
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