Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Arquétipos do tarô: o que os 22 arcanos maiores revelam sobre nós

Arcanos representam padrões universais da alma humana e continuam atuais em tempos de autoconhecimento

31 out 2025 - 04h59
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Getty Images

Por trás das imagens místicas e das cartas coloridas, o tarô guarda algo mais profundo que previsões: ele traduz, em símbolos, as forças que movem o inconsciente humano. Cada carta — do Louco ao Mundo — representa uma etapa da experiência universal. E é por isso que, segundo a cartomante Lorena Pinheiro, da Cartomancia Livre, os arcanos maiores do tarô permanecem atemporais: “Eles não falam sobre o futuro, mas sobre nós mesmos.”

Quer aprender a jogar tarô para tomar melhores decisões? Faça o curso online do André Mantovanni por apenas R$ 39,90 e consiga seu certificado!

Os arquétipos e o inconsciente coletivo

Os chamados arquétipos são padrões simbólicos que habitam o inconsciente coletivo, conceito desenvolvido pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. São imagens e personagens universais — o herói, a mãe, o sábio, o amante — que atravessam culturas e épocas, traduzindo emoções e experiências humanas compartilhadas.

“No tarô, esses arquétipos ganham forma nas cartas dos 22 Arcanos Maiores. Cada uma delas é uma expressão dessa energia: o Louco que inicia a jornada, o Mago que manifesta, a Morte que transforma, o Sol que ilumina”, explica Lorena Pinheiro.

Essas figuras são consideradas universais porque falam diretamente com o inconsciente. “Mesmo quem nunca estudou tarô entende algo quando olha para uma carta. As imagens despertam sentimentos e percepções que todos nós temos dentro de nós”, completa.

O tarô, segundo ela, funciona como uma ponte entre o simbólico e o humano — “um mapa das experiências que todos nós, em algum nível, vivemos”.

A jornada do Louco e a evolução humana

Os Arcanos Maiores são também um retrato da jornada humana. A chamada “Jornada do Louco” representa o caminho simbólico da evolução pessoal e espiritual — do nascimento até a consciência plena.

“O Louco, que é a carta zero, representa a alma antes da experiência: curiosa, livre e disposta a aprender. A partir daí, ele percorre 21 etapas que espelham a vida real: aprender a agir (O Mago), sentir (A Sacerdotisa), se estruturar (O Imperador), escolher (Os Enamorados), enfrentar desafios (A Força, A Morte, O Diabo), e finalmente alcançar equilíbrio e sabedoria (A Temperança, O Sol, O Mundo)”, descreve Lorena.

Cada carta, portanto, representa um aspecto da jornada interior. “Os arcanos são espelhos da alma. Eles não dizem o que vai acontecer, mas mostram onde estamos dentro da nossa própria história. O tarô é um mapa simbólico, não um GPS do destino”, explica a cartomante.

Símbolos antigos, mensagens atuais

Mesmo criadas há séculos, figuras como O Mago, A Imperatriz e A Morte continuam atuais porque representam forças humanas que nunca desaparecem — poder pessoal, criatividade, transformação e renascimento.

“O Mago fala sobre a capacidade de agir e criar a própria realidade — algo que hoje traduzimos em propósito e autorresponsabilidade”, comenta Lorena.

Já A Imperatriz é a energia da criatividade, do cuidado e da abundância. “Ela lembra que o sucesso vem do equilíbrio entre trabalho, prazer e acolhimento. É a força da energia feminina criadora.”

E A Morte, muitas vezes mal interpretada, é um dos arquétipos mais poderosos e transformadores. “Ela fala de ciclos, de encerramentos e recomeços. Não é sobre perder, é sobre renascer — algo que todos vivemos quando mudamos de emprego, encerramos um relacionamento ou começamos uma nova fase de vida”, explica.

Esses símbolos permanecem relevantes porque refletem emoções humanas permanentes. “O tarô conversa com a modernidade porque fala das mesmas forças que moldam nossas escolhas e comportamentos, sejam em 1400 ou em 2025”, resume.

O tarô como ferramenta terapêutica

Para além da adivinhação, o tarô pode ser usado como instrumento de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Cada carta funciona como um espelho simbólico que reflete emoções, padrões e comportamentos.

“O tarô mostra o que está pedindo atenção, o que precisa ser ajustado e o que já amadureceu dentro de nós. Ele ajuda a dar nome aos sentimentos, enxergar dinâmicas inconscientes e ampliar a consciência sobre o próprio caminho”, explica Lorena Pinheiro.

A leitura, segundo ela, pode ser terapêutica: “Quando compreendemos o simbolismo por trás das cartas, deixamos de querer prever o futuro e começamos a entender o presente. O tarô passa a orientar, e não a determinar.”

Os arquétipos na cultura pop

Esses mesmos arquétipos também estão presentes nas narrativas que movem a cultura pop. Filmes, séries e mitologias modernas espelham as cartas do tarô e o mesmo roteiro simbólico de queda, transformação e superação.

“A Torre aparece em histórias como O Rei Leão ou Frozen II, quando o herói vê seu mundo ruir e precisa reconstruir a própria verdade. O Hierofante está em personagens como Yoda, de Star Wars, ou Morpheus, de Matrix, que representam sabedoria e fé. A Justiça vive na Mulher-Maravilha, na busca pelo equilíbrio entre ética e emoção. E Os Enamorados aparecem em filmes como La La Land e Matrix, nas escolhas entre o amor, o sonho ou a verdade interior”, explica Lorena.

Essas histórias emocionam porque falam das mesmas forças internas que o tarô traduz em símbolos. “A arte e o tarô conversam porque ambos são espelhos da alma humana”, afirma.

Uma linguagem que atravessa o tempo

Para Lorena Pinheiro, o segredo da força do tarô está na sua linguagem simbólica. “Os arquétipos não envelhecem porque representam verdades humanas. O Louco que começa, a Imperatriz que cria, a Morte que transforma — todos vivem dentro de nós. Cada leitura é um convite para olhar para dentro, e é aí que o tarô mostra sua verdadeira magia.”

Fonte: Terra Content Solutions
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade