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Sob um novo paradigma

22 fev 2019 - 09h00
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Um paradigma é um modelo, a partir do qual uma pessoa ou uma sociedade funciona. São seguidos segundo alguns conceitos e teorias que, naturalmente se espalham e constroem uma nova maneira de se relacionar com a vida. Nossa sociedade se encontra em uma encruzilhada: criamos um mundo à nossa volta para sermos servidos e saciados, utilizamo-nos de todos os recursos possíveis, indiscriminadamente, ilusão de que esses recursos estariam à nossa disposição infinitamente. Hoje chegamos aonde chegamos. Como disse Gandhi: “Sempre houve o suficiente para todas as necessidades humanas; nunca haverá o suficiente para a cobiça humana.

Sob um novo paradigma
Sob um novo paradigma
Foto: iStock

Chegamos no limite e agora devemos trabalhar na direção do alívio da dor e da ameaça que está bem diante de nós e que fomos nós mesmos que criamos. Existem inúmeras maneiras de diminuir o estrago que causamos e colaborar, várias coisas que podemos fazer individualmente. Fizemos uma escolha inconsciente e agora começamos a perceber o resultado. Ou seja, esse é o carma que construímos e que devemos transformar, resultado da nossa irresponsabilidade e inconsequência. Temos um imenso trabalho pela frente. 

Por outro lado, e, ironicamente, estamos nos tornando seres mais coletivos e cooperativos na busca de soluções para nossa salvação e salvação do planeta. Estamos aprendendo através da dor.

Ao mesmo tempo que esse movimento de união e cooperação se constrói, a nova física nos apresenta uma versão moderna do idealismo monista, que lentamente se torna a construção científica de um novo paradigma. O idealismo monista prega que matéria e mente são partes integrantes de uma mesma realidade. É uma filosofia que postula que tudo, incluindo a matéria, existe na consciência e é por ela manipulado. Com isso, o idealismo monista não postula que a matéria não é real, mas que é secundária e submetida à consciência. Desde muito tempo, vivemos sob o paradigma de um mundo material onde a vida, o mundo e o Universo estão distante de qualquer significado espiritual. Espírito e matéria existiram separados um do outro em nome da evolução da ciência, que deveria submeter-se ao poder da religião.

Dentro do raciocínio monista, a consciência tem um papel, não só fundamental, mas central e é através dela que podemos reconhecer como parte integrante e natural do Homem, fenômenos e experiências espirituais. Ainda imersos na visão mecanicista de funcionamento da vida e do Universo, dividimos tudo em partes, incluindo nossos corpos, mente e espírito. Ao invés da unidade com a natureza, a consciência afastou-se dela. 

Este deve ser um momento de séria reflexão e reavaliação de nossos verdadeiros valores e visão de mundo. Criamos um mundo de guerras, fome, destruição de recursos fundamentais à nossa sobrevivência, um mundo onde cada indivíduo é separado de seu semelhante. 

De que forma podemos mudar o rumo de nossa história?

Quando acreditamos que o funcionamento do mundo e de toda vida é semelhante a uma máquina, assim tratamos a nós e a tudo o que é vivo, como máquinas. Dessa forma somos descartados quando diminui nossa capacidade produtiva. Se a realidade do mundo é material, então os bens materiais são os construtores de nossa felicidade. Enquanto aceitarmos esse modelo de funcionamento, viveremos em conflito, em estado permanente de confusão.

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Fonte: Eunice Ferrari
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