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Experiência de quase morte: mitos e verdades

Já passou ou desconfia já ter vivido a experiência quase morte? Conheça alguns dos mitos e verdades da EQM

3 abr 2024 - 08h00
(atualizado em 4/4/2024 às 21h04)
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Saiba os mitos e verdades da experiência quase morte
Saiba os mitos e verdades da experiência quase morte
Foto: Shutterstock / João Bidu

Você já deve ter ouvido falar da Experiência Quase Morte (EQM), ela acontece quando uma pessoa está à beira da morte, mas consegue ser ressuscitada ou volta à vida de alguma forma. Graça Duarte, Parapsicologia, Psicanálise, Terapias Integrativas e Conselheira Capelã Civil Inter-Religiosa da Ordem dos Capelães do Brasil (Honoris Causa) desvenda os mitos e verdades da EQM. Confira a seguir: 

Todo relato é verídico?

Graça conta que as experiências de quase morte (EQMs) são eventos complexos e profundamente impactantes que podem gerar uma série de emoções e reflexões para aqueles que as vivenciam. E dessa forma,  para um relato ser considerado verídico, ele precisa ser consistente, detalhado, coerente e corroborado por evidências ou testemunhas confiáveis.

Só tem experiências quase morte positivas?

A especialista conta que em uma experiência quase morte, é comum relatos de sensação de paz, luz intensa, encontro com entes queridos falecidos, sensação de flutuação, entre outros. Experiências ruins podem acontecer, geralmente a pessoa volta com pontos para melhorar. Além disso, alguns relatos incluem sensações de medo, escuridão, solidão, entre outros aspectos negativos.

O que fazer depois de passar pela EQM?

"Depois de viver uma experiência quase morte, a pessoa pode buscar apoio emocional, compartilhar sua experiência com pessoas de confiança, refletir sobre as lições aprendidas e buscar formas de integração dessa experiência em sua vida cotidiana. Além disso, pode ser útil buscar acompanhamento terapêutico, psicológico para processar e compreender melhor a experiência vivida", Finaliza. 

Relato de experiência quase morte

A terapeuta holística, Jhenevieve Cruvinel conta que em 12 de setembro de 2014 passou pela EQM. "Estava tendo uma reforma em casa, tinha umas madeiras espalhadas no chão e por conta disso eu tive uma queda. Era a noite, vinha de um expediente de trabalho, estava cansada,  e assim acabei dormindo. Quando acordei, senti muita dor, coloquei a mão na minha perna, e percebi uma bolha muito grande de sangue", revela.

Jhenevieve tinha um abscesso na veia femoral. "Ficou do tamanho de uma mão e doía muito. Fui levada às pressas para o pronto-socorro, estava numa cidade do interior de São Paulo, então, não tinha acesso a grandes médicos. Fui parar num hospital público pequeno e ali eu passei a noite inteira gritando de dor. Lá não tinha ninguém que pudesse resolver a situação e eu não tinha condições de ser transferida para um outro hospital", explica. 

Milagre que ajudou a salvar a vida da terapeuta

Às cinco da manhã a terapeuta desmaiou de dor, voltou do desmaio, tomou morfina, porém o medicamento não fazia efeito. "Depois disso, aconteceu o primeiro milagre, um médico do centro de São Paulo, que era o especialista que eu precisava para aplicar uma sonda para que eu fosse transferida, foi visitar um colega que estava de plantão, ele viu meu estado e me ajudou, estava tão fraca que nem consegui gravar o rosto dele e o nome", afirma. 

Em um estado hemorrágico enorme e já perdendo a consciência, Cruvinel chegou até o hospital em Campinas e começou a receber atendimento. "Não lembro de entrar, só me recordo de estar deitada em uma maca muito fria, da luz do refletor, de muita gente ao meu redor, gente falando alto, gritando. Os profissionais me deram injeções, tive parada cardiorrespiratória, por causa da dor e apaguei."

Experiência quase morte

Quando a terapeuta perdeu a consciência e passou pela experiência quase morte, dessa forma ela se viu em um outro plano. "Lá tudo era luz, me sentia leve em estar ali, já não sentia dor e nem tinha conexão com o meu corpo físico. Conforme ia andando, era como se eu fosse passando pela luz e, ao mesmo tempo, ela passava por mim. Uma sensação de uma névoa branca e, ao mesmo tempo, incandescente de várias cores, iridescente, aliás", descreve e continua. "E aí eu vi várias entidades, espíritos. Um deles, era o meu mentor espiritual, os outros que o acompanhava, sorriam, e eu sentia como se tivesse de volta em casa. Estava em paz, com muita felicidade, gratidão de ter chegado até ali, de estar lá", fala. 

Na experiência o mentor de Jhenevieve disse que ela tinha feito o seu melhor em vida porém tinha que voltar, pois ainda tinha muito a ensinar por meio da espiritualidade. "Eu tinha me afastado do mundo espiritual por diversos fatores pessoais e quando voltei senti todas as dores do meu corpo físico, mas voltei determinada a me aproximar mais da minha missão de vida, hoje por meio do meu trabalho ajudo várias pessoas a se conectarem com o seu lado espiritual", finaliza.

João Bidu
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