Vidente explica a importância da relação com animais para a alma
Vou ficando mais velha - mais madura soa melhor e mais elegante, não? - e percebo que me afasto de certas leituras. Cada vez meu coração se inclina para mais poesia e menos filosofia. Antes acompanhava atenta, apaixonada, a dança das ideias; hoje, prefiro coreografar eu mesma as minhas próprias escolhas de pensamento.
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Deixei assim para trás um bocado de certezas e argumentos, despedi-me carinhosamente de velhos livros, segui adiante mais leve e autônoma. Foi portanto com surpresa que notei como um desses livros teimava em se fazer notar, pulando fora da estante, andando vivo por ai, aparecendo na bolsa, no criado-mudo, na escrivaninha.
Trata-se do Libertação animal de Peter Singer. A perspectiva que ali é defendida é das mais instigantes. O pensador organiza sua crítica ao especismo, termo escolhido para revelar nosso preconceito contra os animais, impedindo que sejam reconhecidos como portadores de direitos. Singer sobreviveu ao meu crivo. Sigo lendo-o e admirando-o cada vez mais.
Suas tiradas são corretas e entram pontiagudas no coração dos problemas da atualidade. Sua posição em relação aos animais é acertada: devem ser respeitados e não podem passar por maus-tratos.
Para alguém como eu (e, provavelmente, meus leitores), que transita no terreno do esoterismo, não é novidade ir além da postura de Singer e saber reconhecer que mais do que seres senscientes (capazes de sofrer ou sentir prazer e felicidade), os animais possuem alma.
Sim, há muito os místicos mais refinados reconhecem a presença de alma nos animais, alma coletiva, enlaçada à Grande Alma da Natureza. Por isso, fazer o bem para qualquer animal é, por extensão, contribuir para a harmonia cósmica.
Você não precisa - ainda que não seja má ideia - adotar um vira-lata ou deixar um pratinho de leite para o gatinho da vizinhança, basta, quando a situação se apresenta, fazer carinho no bicho, interagir, dizer algumas palavras e, se estiver com o dono, conversar um pouco com ele também. Gestos mínimos que fazem a alma estar espalhada por tudo, reverberar e sorrir.
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