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Eclipses: o que são?

Todos os anos vivemos sob energias de pelo menos 4 eclipses, dois solares e dois lunares; em 2020, teremos seis

3 jun 2020 - 09h00
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Logo no início deste ano, no dia 10 de janeiro, tivemos o primeiro eclipse de 2020. Foi um eclipse lunar, aos 19 graus de Câncer, chegou em tenso aspecto com Saturno e Plutão unidos em graus exatos, aos 22, portanto, foi um eclipse muito pesado, de energias muito densas e que marcou um semestre, que continua bastante difícil para todos nós. 

Todos os anos vivemos sob energias de pelo menos 4 eclipses, dois solares e dois lunares; em 2020, teremos seis
Todos os anos vivemos sob energias de pelo menos 4 eclipses, dois solares e dois lunares; em 2020, teremos seis
Foto: Claudio Testa/ Unsplash

Vamos lembrar que um eclipse só ocorre quando a Lua está na fase Nova ou Cheia. Se está na fase Nova, é um eclipse solar, porque a Lua está entre Sol e a Terra. Se na Cheia, é lunar, porque a Terra está entre Lua e Sol

Todos os anos vivemos sob as energias de, pelo menos 4 eclipses, dois solares e dois lunares e neste ano, 2020, teremos 6 eclipses. Tivemos um lunar em janeiro, aos 19 graus de Câncer, agora teremos dois em junho, nos dias 05, um lunar, aos 15 de Sagitário e no dia 21 um solar, aos 21 minutos de Câncer. Depois, teremos, mais um lunar em julho, no dia 05,  aos 13 graus de Capricórnio. Em novembro, no dia 30, outro lunar, aos 8 graus de Gêmeos e em 14 de dezembro, um solar, aos 23 graus de Sagitário.

Eclipses são fenômenos que, querendo ou não, nos impactam com mudanças. Essa palavra costuma assustar muitos de nós, mas, vamos lembrar que mudanças fazem parte da vida terrena, regida pela grande Lei da transitoriedade, que diz que nada é permanente, a não ser a própria mudança. 

Às vezes as mudanças são dolorosas mesmo, especialmente quando os eclipses chegam muito tensionados por planetas como Saturno, Urano e Plutão, ou tocando pontos de tensão em nossos mapas astrais, com perdas de pessoas, empregos, dinheiro, saúde.  Às vezes, infelizmente, a vida precisa fazer com que nosso destino seja cumprido e nesses momentos, de pouca generosidade da vida, acabamos por lapidar nosso caráter e adquirimos mais força, consciência e maturidade emocional. A dor pode nos dominar e corroer, em muitos momentos. Mas muitas vezes, os eclipses trazem mudanças surpreendentemente boas, cheias de novidades e esperança de um novo ciclo de vida, construído, na maioria das vezes, com algum trabalho e muitas recompensas.

Em tempos de eclipses, o mais difícil: exercitar o que o budismo e algumas linhas esotéricas chamam de desapego. Gostaria de pedir, uma reflexão, sobre o significado dessa palavra. Não confundam desapego com falta de amor e cuidado. Desapego tem a ver com a capacidade de deixar ir, deixar fluir e seguir com leveza esse fluxo. Exercitar o distanciamento emocional do que está por vir, não alimentar a ansiedade, apenas observar os acontecimentos e nossa vida, de maneira mais ampla. 

Aprender o distanciamento emocional, é necessário, porque as emoções costumam nos privar da clareza. Se nos deixamos levar por elas, em tempos de eclipses, não conseguiremos deixar a vida acontecer naturalmente, sem a tentativa de controlar, como se isso fosse possível. Sem o distanciamento, nossos medos são desencadeados em processos emocionais mais profundos, e podemos nos perder dentro deles. O medo é muito importante em qualquer processo em que temos algum controle sobre ele. Quando somos dominados por ele, perdemos nossa capacidade de raciocinar, pensar, agir. Quando isso acontece, podemos paralisar e nossa capacidade de discernir e discriminar, diminui ou, pior, desaparece. 

Eclipses sempre trazem acontecimentos marcantes, que são divisores de águas em nossas vidas; aqueles acontecimentos que nunca esquecemos como um casamento, um divórcio, o nascimento de um filho, a perda de alguém querido, uma mudança de casa, cidade ou país, a abertura de um novo negócio ou de um emprego ou função importante que conseguimos depois de muito tempo de esforço, enfim, eles nunca trazem mudanças sem significado. Elas sempre marcam a finalização de um ciclo de vida e começo de outro.

Normalmente, sentimos os sinais dessas mudanças, muito antes do dia exato dos eclipses acontecerem, algumas semanas normalmente e seguem por pelo menos seis meses, podendo se estender a até dois anos.

Os eclipses sempre sinalizam o que está por vir. E se, começarmos a tentar controlar os acontecimentos, certamente o sofrimento vai aumentar consideravelmente, pois o controle, normalmente, é a causa do aumento do sofrimento. Lembre-se sempre, apenas siga o fluxo, deixe ir o que precisa ficar no passado. Deixar a vida acontecer prestando atenção aos sinais e observar para onde estamos sendo levados é uma arte a ser aprendida e é um trunfo que a gente tem nas mãos em tempos de eclipses.

Lembre-se, quanto mais consciência, menos sofrimento.

A serenidade é importantíssima nos momentos de mudanças, pois ela nos possibilita a compreensão e a isenção do controle, que nos deixa abertos e livres para abraçar o novo ciclo de vida que começa a desenhar-se. Assim é a vida e não existe maneira de mudar seu funcionamento, a maneira que ela encontra para evoluirmos como almas que somos. 

As mudanças acontecem e a vida diz para a gente: coloque os remos dentro do barco e relaxe; agora o controle não está mais em suas mãos. E dessa forma, somos levados aonde devemos chegar. É claro que devemos fazer nossa parte do trabalho, mas o comando dessa viagem não está mais em nossas mãos.

Não temos outra saída, a não ser deixar a vida nos levar para mais uma etapa. Um ciclo se completa e outro começa natural e sincronicamente. Vamos torcer para que ela seja sempre um pouco mais piedosa e generosa com todos nós. 

Fonte: Eunice Ferrari
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