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Olhar nos olhos as dificuldades do amor

6 fev 2020 - 09h00
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Foto: iStock

Hoje fiquei impressionada com a quantidade de consultas que faço e giram em torno da temática do amor: relação a dois, começos e fins de namoro e até casamentos.

Tomei consciência, mais uma vez, de como o sentimento amoroso é importante para todos, mesmo porque, de todos os questionamentos que recebo, uma grande maioria versa sobre amor.

Para entender melhor essa circunstância pensei em algumas explicações. A primeira delas é a carência do ser humano. O Homem está sempre necessitando, sempre aflito em busca de amor, de ser amado, o que se revela através da incessante procura, da impaciência e da pressa que não permite uma melhor visão das possibilidades. 

Nem bem começa um namoro e já se deseja um acerto integral. Em vez de manter a serenidade - necessária, aliás, para que qualquer coisa dê certo - as pessoas se agitam, tentam se apresentar o melhor possível, acabam perdendo a naturalidade e podem até se prejudicar na relação. Decerto não é o amor que as leva a agir assim, mas suas próprias expectativas em relação ao amor. E tal é a fantasia, a certeza do acerto, que qualquer coisa em contrário não é aceita, que um rompimento se torna um fim-de-mundo...

Lembro-me de um moço que há muitos anos contou-me esta experiência: saíra umas três ou quatro vezes com uma moça e esteve bastante interessado nela. Marcaram um jantar e, por algum imprevisto, ela se atrasou. Não era tempo de celulares e ela não pôde ser avisada. Ele esperou serenamente até tarde e, vendo que ela não vinha, foi-se.

No dia seguinte foi ver a garota na casa dela. Ela caiu em prantos. Tanto chorou que ele pensou em tragédia, doença, falência... morte na família. Ele se preparou para consolá-la e ela, desesperada confessou que estava chorando por causa dele. Ela achou que ele nunca mais a veria, que não a amaria mais, que o perdera para sempre.

Imediatamente ele arrumou uma desculpa elegante e saiu correndo, para nunca mais voltar (conforme ela mesma intuíra). Perguntei-lhe porque ele agiu dessa forma. A resposta que ele me deu foi cristalina e pode ajudar muita gente:

“Eu fugi porque a reação que ela teve por causa de um simples atraso não combinava com o que se passou. Achei que ela não conseguiria entender que, para haver amor, é preciso haver o tempo...”

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Marina Gold
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