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É preciso ir além do óbvio para interpretar um sonho, diz vidente

9 fev 2014 - 10h17
(atualizado às 10h18)
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Foto: Getty Images

O esoterismo, como pode acontecer em todas as áreas do saber ou do fazer humanos, muitas vezes é mal conduzido: aplicado equivocadamente, dirigido de forma enganosa. Claro que, como trabalho com o assunto, essa questão me incomoda.

Foi assim, incomodada, que fiquei ao ouvir não o sonho, mas o desfecho interpretativo que minha cliente relatou ter recebido, alguns dias antes, por um profissional da área mística, que repetiu para ela: “seus caminhos estão fechados”.

Era complicado. Eu percebia algo diametralmente oposto, ampliação de horizontes, avanço progressivo e superação de algumas dificuldades que a acompanhavam há mais de dois ou três anos.

Atravessando momento de mudança, uma semana antes, no auge das revoluções e renovações místicas que a acolheriam dali para diante, ela tinha sonhado com enorme intensidade, sonho marcante, significativo, que a despertou ansiosa, com o coração batendo acelerado.

Como tantas vezes acontece com os sonhos, esse também vinha complicado, um pouco confuso. Os acontecimentos do sonho em si, que narro logo mais, não eram nada de espetacular, mas a emoção que tinha movido na minha cliente, angustiada e suando frio em plena escuridão da madrugada, era forte e devia ser compreendida em suas conexões com as coisas do futuro.

Vamos ao sonho. Duas imagens que se sucedem. Na primeira ela está olhando para uma de suas bolsas, a que usa com frequência no dia-a-dia. A bolsa, como é costumeiro lá na casa dela, está fechada, zíper corrido, sobre a mesinha do hall de entrada do apartamento. Corte abrupto e, intranquila, ela olha de novo e vê a bolsa aberta, todos os objetos – carteira, escova de cabelo, agenda, caneta, batom, muitos outros (sim, é bolsa de mulher afinal!) – estão espalhados.

Como ela me relatou, a sensação, desagradável, era de ter sido invadida, atacada, de ter tido as coisas desarranjadas. Na consulta que indicou  “caminhos fechados”, leu-se também que ela seria, caso não tomasse determinadas providências, assaltada. Como a mensagem dos sonhos é mais sutil e está vinculada a contextos maiores da experiência de vida naquele momento, entendendo a moldura existencial daquela moça, organizando meus dons, vi coisa distinta.

Ela sairia sim da zona de conforto, mas não à custa de uma situação violenta e desagradável como um assalto. As coisas pulando para fora da bolsa mostravam que sua vida seria chacoalhada, que tudo mudaria de posicionamento. Ela anuiu. Estava mesmo sentindo que o namorado estava se organizando, tocava na ideia de ficarem juntos na casa que seria deles.

Duas coisas boas. Uma: até aqui nada de assalto. Outra: ele, mais decidido do que nunca, organizou um passeio grande no carnaval, cruzeiro de alguns dias para o sul do continente. Quanto a mim, serenamente reaprendo uma velha lição: quantas coisas o sonho transporta. Mas elas nunca estão visíveis, desveladas. É preciso garimpar.    

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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