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Atente-se para evitar o boicote da própria felicidade

27 out 2017 - 12h00
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“Não ao felicídio”. Eu disse e os olhos dela se abriram ainda mais. “Não, não ao felicídio”. “Ah, Marina”, ela retorquiu com ares de interrogação, “explica melhor”. “Vou tentar”, prometi, espantada com o fluxo que jorrava na minha voz, na minha fala, nas palavras que saíam da minha boca como se tivessem brotado de outro cérebro, como se tivessem ganhado liberdade e vida própria.

Fique atento ao felicídio, ato de boicotar a própria felicidade
Fique atento ao felicídio, ato de boicotar a própria felicidade
Foto: Vshapecharge / shapecharge

Prossegui: “Olha, muitas mulheres como você sentam aí, diante de mim, e estão equivocadas, cegas, inclinadas à autodestruição – quando não de si mesmas, de algo menor, mas brutalmente doloroso, da própria possibilidade de felicidade”.

Ela balançou a cabeça assertivamente, indicando não uma compreensão plena do que discutíamos, sim um hábito bem-educado de elegância e polidez – dar razão ao interlocutor.    

Emendei: “você é esposa e mãe, vivencia o conjunto de emoções e aventuras – logo de felicidades – possível na tua situação. Aparece outro, portas escancaradas para novidades e intensidades. O amor está no ar, tudo brilhando maravilhoso: cada atitude, cada mimo, cada gesto, cada afago...”

“É, Marina, isso mesmo, o coração parece que vai explodir”, disse ela, voltando outra vez a se abrir em paixão, embebida de romantismo, lânguida. A seco desci a mão pesada: “sim, fácil. Longe da realidade, dos problemas cotidianos, dos desafios do dia a dia, do estresse no trânsito, na fila do banco, na lista do supermercado, na merenda do menino. Quero ver é ter força para peitar tudo isso sem um pouco de tristeza, de pessimismo, de cansaço, de esgotamento”.

“E o que vem a ser aquilo que você falou: qualquer coisa feia, complicada, cídio?”, ela indagou preocupada. “Xii”, aprumei, “coisas dos meus Guias”, admiti. Então completei com a devida explicação: “alguma coisa escapou da minha boca, uma palavra inventada – filicídio... Matar, assassinar a felicidade. É o que você não pode fazer. Trocar teu bom ouro por ouro de tolo, ouro falso. Teu marido e filho são tuas pulseiras, mas você acredita que esse que apareceu vai te dar uma coroa cheia de pedraria. Cuidado, ele quer derreter tuas joias, quer que você mate tua felicidade para te escravizar”.

Ela pensou por um instante e chegou onde eu queria: “é, tá certa, e tem meu menino. Se me afasto do pai, consequentemente dele, é como um filicídio, matar o próprio filho...”

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

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Fonte: Marina Gold
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