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A necessidade da desordem para manter o equilíbrio

18 fev 2020 - 09h00
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Quando se desenvolve um dom como o meu, a vidência, acaba-se por topar com problemas que envolvem, muitas vezes, uma família inteira.

Foto: iStock

L. era alcoólatra. Bastante jovem ainda, mostrava-se agressiva, infeliz, dependente, fortemente aditada, embora tivesse tudo o que poderia necessitar para viver com conforto e segurança uma vida estável.

Consultou-me primeiro a mãe. Depois as duas tias. O pai. Por último, uma das avós. Os anos foram passando e, cada vez mais, L. se aferrava na bebida.

Tratei do território que estava ao meu alcance, o espiritual. Esclareci – como via –, para toda parentada, que, do ponto de vista das Doutrinas Espiritualistas, deveria ser um caso de reencarnação, vício que vinha de vida passada, ou talvez proximidade de algum malfeitor de acompanhamento, inimizades na dimensão do espiritual.

A família somava desesperos. Buscou acompanhamento psiquiátrico, apoio psicológico, acompanhante terapêutico, internação, mas nada valeu. Eu mesma não podia ajudar. Garantia, porém, que algum acontecimento na vida de L., para breve, mudaria as coisas, libertando a moça do tormento.

Eis que – para confirmar minha predição –, do nada, apareceu de repente, um rapaz de mesma idade, também ele aditado, mas em sucos detox, bicicleta, crossfit, treinamentos funcionais e atividades físicas diárias.

Ela deixou a bebida para lá. Embarcou na do rapaz: corrida, pedal, nado. Ela, para desespero da família, saiu de casa e se foi com o rapaz. Todos reagiram. Tinham perdido o centro das preocupações, o cimento dos tijolinhos de neurose e dramas daquela casa.

Dali em diante a família, abalada e desequilibrada, começou a se pulverizar. Nesse momento todos começaram a brigar entre si. Vieram desentendimento e discórdia no meio daquelas pessoas que antes se organizavam em dinâmica alimentada e assentada no problema de

L. – foco central da união de todos, assunto que ocultava tantas outras questões difíceis e complicadas.

A mim, restou-me indagações: quantas famílias não motivam a desordem para se manterem coesas?

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

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Fonte: Marina Gold
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