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Eclipses e pandemia: vivemos tempos de mudanças

É preciso refletir sobre o caminho que vínhamos tomando, sobre as escolhas que vínhamos fazendo e também sobre nossas incertezas

29 jun 2020 - 09h00
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Clientes com máscaras de proteção em espaço para eventos em Bolonha, norte da Itália
Clientes com máscaras de proteção em espaço para eventos em Bolonha, norte da Itália
Foto: ANSA / Ansa

Eclipses são eventos que, desde sempre, como todos sabemos, impulsionam nossas vidas na direção de mudanças, querendo ou não, gostando ou não. Estaremos todos sujeitos a elas.

Em tempos de pandemia, tempos difíceis que nos obrigam a ficar em casa, as mudanças continuam a acontecer. Mesmo estando dentro de casa, a vida continua.

Se você parar para refletir um pouco, vai perceber que o termo "nossa casa" tem um duplo e até um triplo sentido: a casa em que moramos, a casa física, de tijolo e cimento, a casa interna, que também moramos e que, deve estar tão arrumada e organizada como a casa física, e Gaia, nossa casa maior, o planeta Terra. Neste momento, devemos entender o "ficar em casa" também como um processo de interiorização, necessário a todo crescimento.

Quem não estiver percebendo e levando em conta a necessidade desse movimento de interiorizar-se, ou seja, voltar-se para dentro de si mesmo, certamente vai passar por muitos sofrimentos. Os medos aumentam, assim como o desespero e a solidão.

Encontrar um sentido maior, quando estamos imersos em uma crise, é fundamental para que consigamos passar por ela com otimismo e capacidade de olhar para frente, para um futuro melhor.

Juntamente com a pandemia, chegam três eclipses seguidos: o primeiro, do dia 05/06, aos 14 graus de Sagitário, o segundo, do dia 21/06, nos primeiros segundos de Câncer e o terceiro, aos 13 graus de Capricórnio.

A tensão maior está no terceiro em Capricórnio, pela presença de Saturno, Plutão e Júpiter, nesse signo. Tempos de eclipses, pandemia e mudanças inevitáveis, que devem começar a partir da interioridade e irradiar na vida prática. Este deve ser um momento de reflexão e não de ansiedade para voltarmos para o que era ou éramos, porque nada mais será como era.

É preciso refletir sobre o caminho que vínhamos tomando, sobre as escolhas que vínhamos fazendo e também sobre nossas incertezas e inseguranças. Afinal para onde estávamos indo?

Caminhávamos como cegos, muito próximos da loucura, envolvidos nos medos, na insegurança, de mãos dadas com a ansiedade, a depressão e, na maioria das vezes com o desespero. Vivíamos o vazio; tínhamos tudo, a natureza, que também é nossa casa, às nossas mãos, nossos amigos, nossos entes queridos. Tínhamos tudo, mas vivíamos o vazio, que somente agora nos damos conta. Um simples abraço em um amigo, um almoço em família, um olá mais próximo de nossos vizinhos, nada disso foi valorizado. O que era tido como normal não pode mais voltar.

A Inteligência Cósmica, organizou tudo de uma maneira tão incrivelmente maravilhosa, vejam só, tínhamos medo de uma terceira guerra, de uma guerra nuclear e, a guerra que devemos travar neste momento, é a interior, que deve nos levar a um novo mundo. E a guerra com um minúsculo vírus, que pode nos matar.

É claro que, quando tudo isso acabar, porque tudo isso vai acabar, seremos massacrados pelo sistema, no sentido de voltarmos ao antigo mundo. Mas felizmente para uns e infelizmente para outros, ele já não existe mais. Precisamos nos adaptar a uma nova realidade, que deve partir, volto a dizer, de nossa interioridade.

Como diz Eunice Rodrigues, trainee internacional e coordenadora do Centro de Biossíntese da Bahia, e que tenho a honra de ser sua aluna:"Ou entendemos que, neste exato momento, devemos nos abrir para dialogarmos, para olharmos uns aos outros com compreensão e compaixão; ou construímos uma comunidade humana, conectada ao coração, baseada na igualdade e no acolhimento do outro, ou seremos extinguidos como raça humana." Essa é a mensagem que o Universo, que a Inteligência Cósmica está nos enviando e que muitos estão entendendo.

Eclipses trazem mudanças; mudanças trazem perdas e a possibilidade de transformação. Infelizmente, o luto está presente no coração de todos nós, seja pela perda real de alguém querido, seja pela perda de uma realidade qua já não existe mais ou pelas duas possibilidades.

Neste momento vivemos sob as energias de três eclipses, um em Sagitário, que nos remete à necessidade de justiça, especialmente a social, que foi marcado pelos gritos da maioria de nós contra o racismo, a partir do assassinato de George Floyd; outro em Câncer, que nos faz entender a necessidade de nos conectarmos com o nosso lar, ou seja, nossas várias casas, a nossa, de cimento e tijolo e as pessoas que lá residem junto de nós, a nossa casa interna, nosso mundo emocional e nossa capacidade de acolhimento, e nosso casa maior, Gaia, o planeta Terra, que volta a respirar com nosso distanciamento. E o último desta temporada, em Capricórnio, que vai nos remeter à materialidade, ao sistema, ao dinheiro, ao nosso sustento a partir do trabalho. Nossa consciência, relacionada a esses temas, deve mudar. Esses são temas que ganham uma nova importância nestes tempos.

Peço a todos que façam uma viagem interna e entendam, de maneira aprofundada e ecológica, a mensagem que todos estamos recebendo e que, a partir dessa compreensão e entendimento, todos possam começar, conscientemente a acessar o coração, a transformar, a partir de si mesmo, nossa maneira de viver a vida e os relacionamentos.  

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Fonte: Eunice Ferrari
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