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Presidência francesa saúda disposição de Putin para dialogar com Macron

A França considerou positivo, neste domingo (21), o aval público do Kremlin para um diálogo entre os presidentes Vladimir Putin e Emmanuel Macron. Paris promete revelar "nos próximos dias" detalhes sobre "a eventual conversa".

21 dez 2025 - 10h09
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A iniciativa foi evocada pelo presidente francês na última semana, ao término de uma cúpula europeia em Bruxelas. Em coletiva de imprensa, Macron declarou que seria "útil" falar com Vladimir Putin no âmbito dos esforços para colocar um fim à guerra na Ucrânia. 

Fotomontagem com imagens de arquivo dos presidentes Emmanuel Macron (à esquerda) e Vladimir Putin.
Fotomontagem com imagens de arquivo dos presidentes Emmanuel Macron (à esquerda) e Vladimir Putin.
Foto: AFP - LUDOVIC MARIN,ALEXANDER NEMENOV / RFI

"Constato que há pessoas que falam com Vladimir Putin. Portanto, acredito que nós, europeus e ucranianos, temos interesse em encontrar o formato adequado para retomar essa discussão de maneira apropriada. Caso contrário, conversamos apenas entre nós, enquanto negociadores vão sozinhos falar com os russos. Isso não é o ideal", avaliou o presidente francês.

A resposta de Moscou demorou alguns dias para chegar: na noite de sábado (20), o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou que Putin está "pronto para o diálogo". "Se houver uma vontade política comum, isso só pode ser considerado positivo", disse Peskov, citado pela agência russa de notícias RIA

Nesta manhã, o Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, emitiu um comunicado classificando de "bem-vinda" a disposição do presidente russo. A nota reitera que "as modalidades" do diálogo entre os dois líderes serão divulgadas "nos próximos dias".

Maratona diplomática em Miami

A possibilidade de uma conversa entre Putin e Macron ocorre em um momento em que uma nova maratona diplomática é realizada em Miami, nos Estados Unidos. No sábado, o emissário americano Steve Witkoff e o genro de Donald Trump, Jared Kushner, se reuniram em Miami com negociadores russos e ucranianos, mas em momentos diferentes.

O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que Washington havia proposto organizar um encontro trilateral. O líder ucraniano atribuiu a informação a Rustem Umerov, um dos principais negociadores de Kiev, presente em Miami. No entanto, neste domingo, Moscou rejeitou a informação de que um encontro entre representantes americanos, russos, ucranianos e europeus para discutir um eventual fim à guerra estaria sendo preparado.  

"Por enquanto, ninguém falou seriamente sobre essa iniciativa, e ela não está em preparação, até onde sei", declarou à imprensa o conselheiro diplomático da presidência russa, Iuri Uchakov, citado pela agência Interfax. 

Encarregado da política exterior russa, o conselheiro de Putin também fez críticas às mudanças feitas por Kiev e seus aliados europeus no controverso plano proposto pelos Estados Unidos para tentar colocar um fim à guerra. "Estou certo de que as propostas que os europeus e os ucranianos fizeram ou tentam fazer certamente não melhoram o documento, nem aumentam a possibilidade de alcançar uma paz duradoura", acrescentou Uchakov. 

O texto inicial, visto como favorável apenas às demandas do Kremlin, foi revisado recentemente por Kiev e seus aliados europeus. Os detalhes da nova versão não vieram a público, mas, segundo Zelensky, ela envolveria concessões territoriais por parte da Ucrânia em troca de garantias de segurança ocidentais.

Ataques continuam

Paralelamente, os ataques continuam. Na manhã deste domingo, a aviação ucraniana anunciou que cerca de 95 drones russos foram lançados durante a noite contra todo o país. A defesa antiaérea conseguiu interceptar 75 deles, segundo Kiev, mas oito locais foram atingidos. 

Os ataques dos últimos dias atingiram principalmente o sul da Ucrânia. Na região de Odessa, o foco dos russos é a ponte que liga a cidade portuária à parte sul da região. 

RFI com agências 

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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