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Sexo deve ser encarado apenas como complemento, diz vidente

24 nov 2014 - 13h02
(atualizado às 13h02)
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Foto: iStock

Há tantos anos, desde o início do meu trabalho como sensitiva, lidando com a subjetividade das pessoas, estabeleço contato profundo com a matéria vasta das emoções e dos sonhos, dos afetos e dos desejos.

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Com aquela simpática cliente não foi diferente. Jovem e linda, não era, de modo algum, uma mulher travada. Timidez? Nem um pouco. O porte altivo, a maneira faceira de ajeitar os longos cabelos, a segurança sedutora ao cruzar as pernas, tudo revelava ser muito emancipada, dona de si. Então, olhando fundo nos meus olhos, com uma cumplicidade rapidamente estabelecida, ela narrou suas aventuras e desventuras.

O namoro, bem discreto no início, começou numa balada. Era noite abafada e as tacinhas de vinho branco e borbulhante soltaram os ânimos. Ele demorou para telefonar, quando o fez, combinaram passeio no final de semana. Foi bom e a “química” (palavra que ela repetiu muito ao longo da nossa conversa) rolou maravilhosamente. Sentiram saudades mais cedo do que imaginavam. Novos encontros, os celulares se rechearam de mensagens carinhosas — daquelas que ajudam a atravessar os longos dias de monotonia e trabalho — e acertaram engatar (“oficialmente”) o namoro.

Ela tinha a conta exata na cabeça. Dois anos, onze meses e poucos dias de plena realização sexual. Na intimidade eles eram um furacão. Corações agitados, almas pulsando, prazer abundante, uma espada os unia pelo ventre.

Porém, nos quesitos que vão além do sexo, ela recebeu pouco. Ele se mostrou estressado, cheio de responsabilidades. O espaço dos amigos, do contato social com as pessoas da empresa, a “vida dele” não podia ser comprometida. A vida dele? Como assim? Ela queria ser a vida dele.

Acabaram. O balanço se mostrou bastante amargo para ela. Dando-me detalhes de tirar o fôlego, ela narrou saudosas loucuras de amor — feriado na pousada da praia, trilha na pequena cidade mineira de frias montanhas, cantinho na garagem do prédio. As lágrimas desciam e ela pontuava: “se pelo menos o sexo não fosse tão intenso”.

O que dizer? Deixar expressar-se a voz da experiência. Minha cliente fofa, ela própria acabava de encontrar a resposta para seus sofrimentos. “Se não fosse tão intenso”, “se não fosse tão bom”. Sexo é esse mistério, doce algema (Camões falou algo parecido). Mas, atenção! Como muitas vezes penamos para aprender: ele é complemento. Nossas almas querem algo mais, outras expressões de vida. É complicado mesmo: sem ele não dá, fica um vazio; apenas com ele, também não dá, é pouco. Complexo? Claro que sim. Quem disse que a vida é fácil?

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela? Clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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