Do alfabeto espiritual: G de Graça
Trato hoje, no G, sétima letra (sétima coluna) do meu Alfabeto de Práticas Espirituais, da Graça.
A graça é a dádiva da Força Cósmica, o grande presente que vem a nós por iniciativa de arranjos de destino. Assim, há algo decisivo que não podemos fazer a respeito da Graça, não podemos controlá-la. Podemos nos esforçar, podemos fazer por merecer, mas, controlar não podemos.
Se a Graça está fora de nossas mãos, por assim dizer, como seria o engajamento na prática espiritual da Graça? Como proceder? O caminho é o da aceitação. Aceite que você será aceito. Pratique o recebimento. Receba objetos, amor, ajuda. Observe como e quando as presenças e os presentes chegam até você.
A Graça confunde certas tendências humanas bastante naturais. Em geral, acreditamos piamente que estamos no controle. Presumimos convictamente que existem movimentos específicos que podemos realizar para garantir resultados e recompensas. Esperamos, numa inexata racionalidade, que os dons acabem distribuídos de acordo com algum plano reconhecível.
Mas a Graça não funciona assim. Em vez disso, ela nos ensina a deixar ir, deixar passar. Ela revela que não estamos no comando, mas, ainda além, não temos mesmo que estar. De que precisamos, então? Apenas permanecer abertos para receber as dádivas.
A receptividade, por sua vez, exige que desistamos da vergonha - daqueles sentimentos persistentes que nos antagonizam, indicando que não merecemos tudo o que temos, que não somos tão bons quanto as pessoas supõem, que erramos o tempo todo, que toda a nossa vida é um grande equívoco. A Graça não escuta essa ladainha, não dá ouvidos a esse tipo de sabotagem, não se baseia em planilhas de eficiência
existencial - a Graça, simplesmente, acontece.
Uma dica de uso diário? Presenteie-se, sem nenhuma ocasião especial para tal, com algo muito agradável para você, algo simples ou mais rebuscado, desde que te faça reconhecer e fruir o sabor adocicado da Graça.
Aproveite um banho quente para aceitar que todo aquele conforto e bem estar indicam, justamente, a força da Graça.
Antes de dormir, bem acomodado, procure lembrar de uma Graça surpreendente que tenha caído no seu colo. Abrace-a novamente em pensamento e adormeça agarrado nela.
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