Como lidar e conviver com a inevitabilidade da morte
A dor da morte é inevitável, e infelizmente, ainda é através dela que crescemos, aprendemos e amadurecemos
Quando falamos em morte, em astrologia, sempre encontramos os planetas Saturno e/ou Plutão envolvidos em aspectos tensos em que suas energias são desencadeadas por planetas como Marte ou Urano também em aspectos tensos. Por exemplo, em março de 2020, quando vivemos o ápice da pandemia com um número elevadíssimo de mortes, vivíamos uma forte pressão de Saturno, Plutão e Marte em Capricórnio. Quem tem planetas nos eixos Áries/Libra e Câncer/Capricórnio sentiu com imensa força a intensidade dessas energias durante muito tempo.
Muitos de nós, infelizmente em todo planeta, sentiu muito próxima a certeza da finitude, seja por medo do contágio pelo nosso inimigo número 1, o coronavírus, seja pela perda de um amigo ou parente querido. Foram tempos de guerra para todos nós.
O que dizer a uma pessoa no momento em que a dor da perda retalha sua alma?
No momento em que perdemos alguém que amamos, sentimos como se um membro nos fosse arrancado tamanha a dor da separação . A dor é inevitável, e infelizmente, ainda é através dela que crescemos, aprendemos e amadurecemos.
Gostaria de humildemente tentar ajudar a dirimir a dor de pessoas que, neste momento, sofrem com a perda de um amor ou de um ente querido, seja ela qual for.
Quem passa ou passou pela perda e morte, é natural e legítimo o seu pesar e sofrimento. E também é compreensivo e válido o sentimento de que o mundo perdeu seu significado, tornou-se vazio e que a vida perdeu seu valor. Saiba que, esse sentimento tem um tempo de duração e você deve estar atento a esse tempo. É claro que a saudade sempre estará presente, mas com o passar dos anos, ela será naturalmente colocada no cantinho mais caro do seu coração. É natural o vosso pesar e arrebatamento, mas conforme o tempo passa você deve tentar compreender, de alguma maneira, o sentido desse acontecimento.
Acredito que se algumas coisas forem esclarecidas dentro de nós, muito do nosso sofrimento pode ser evitado quando a inevitabilidade do enfrentamento for necessária. Carregamos durante séculos um acúmulo de falsas crenças que nos têm causado inúmeros males e muita dor.
Alguns ensinamentos filosóficos e espiritualistas, podem nos trazer uma maior compreensão do significado da morte e diminuir nosso sofrimento. Vivemos por muitos séculos presos à ideia de um mundo materialista e compartimentado, uma visão cartesiana da realidade.
Hoje a ideia de mundo é mais orgânica, ou seja, o planeta e o Universo são compreendidos como um grande organismo onde tudo está conectado e que também fazemos parte. Portanto, é interessante avaliarmos, sob esse novo paradigma, a ideia da morte e do morrer. Se conseguirmos observar a nós mesmos, isentos da materialidade, podemos perceber a morte como parte natural de um processo evolutivo que continua em outra dimensão. Uma dimensão que existe, mas que ainda é incompreendida por nós, pelas limitações dos nossos sentidos.
Pouca coisa termina com a morte e muita coisa sobrevive. Nossa dor, na verdade, é a dor da separação e da impotência que sentimos quando perdemos alguém que amamos. Nosso apego, mesmo energeticamente falando, é muito intenso, nossos corpos sutis estão acostumados à influência e troca com os corpos sutis das pessoas que amamos.
Há uma troca energética e natural, pois estamos conectados através de nossas emoções e pensamentos. Quando essa energia nos deixa, a dor nos acompanha por algum tempo, uma dor que sentimos como ondas e que se reflete em nossos corpos físicos e não físicos. Por algum tempo, não temos muito o que fazer a não ser viver intensamente essa dor; ela é inevitável.
Algumas pessoas precisam de mais tempo para poder elaborar a dor da perda, outras elaboram com maior facilidade, e isto nada tem a ver com a intensidade e qualidade do amor que sentem pela pessoa que partiu. Existe uma crença, uma falsa crença devo dizer, que a medida da dor que sentimos é proporcional à intensidade desse amor. Em nada beneficia a pessoa que partiu, com a dor do nosso apego. É muito importante saber que uma pessoa que morre passa para uma vida superior e mais feliz do que esta, e que, certamente, terá continuidade a uma outra ainda mais gloriosa no mundo astral superior; a morte é uma espécie de iniciação.
Não devemos esquecer, nem por um minuto, que nosso corpo físico abriga nossa alma e que a passagem por este plano faz parte da nossa jornada. O maior benefício que oferecemos ao nosso ente querido e a maior prova de amor que poderemos dar a ele é a prática da oração. A oração e o pensamento amoroso sempre chegam até os que amamos e os auxiliam.
Nossa oração e pensamento devem ser firmes e diretos, visualizando a pessoa como se ela estivesse bem à nossa frente. A oração funciona como um fio condutor de eletricidade e inevitavelmente chega até seu objetivo.
Quando dedicamos parte do nosso tempo direcionando os melhores sentimentos para nossos queridos que partiram, essa ação estará de acordo com a maior lei que rege este Universo, que é a lei de causa e efeito. Sua ação positiva inevitavelmente causará uma reação da mesma forma positiva. E ambos, você e seu ente querido poderão encontrar a paz.