O panorama do setor tecnológico em nível global passou por uma reviravolta espetacular. Pela primeira vez na história, a Índia destronou a China como principal fornecedora de smartphones para os Estados Unidos. Segundo dados da empresa Canalys, no segundo trimestre do ano, os telefones fabricados na Índia representaram 44% das importações norte-americanas desses dispositivos, em comparação a apenas 13% no mesmo período de 2024. A China, que até um ano atrás dominava com 61% de participação, despencou para 25%.
A escalada tarifária entre Estados Unidos e China forçou uma reconfiguração total das cadeias de suprimento tecnológicas. O governo norte-americano impôs, em abril, tarifas de até 145% sobre produtos chineses. No entanto, a partir de maio, os dois países chegaram a um acordo, reduzindo as tarifas para 30% e com uma moratória de 90 dias.
A política tarifária extrema da administração Trump afetou especialmente empresas como a Apple, pressionando ainda a companhia liderada por Tim Cook a produzir os iPhones em território norte-americano. Isso é algo que especialistas consideram praticamente impossível sem disparar os preços.
Mudança de estratégia
Após a política imprevisível de alterações tarifárias, a Apple se viu obrigada a transferir sua produção para a Índia. A empresa de Cupertino começou timidamente em 2017, fabricando o iPhone SE em solo indiano, mas agora planeja montar todos os iPhones destinados ao mercado norte-americano na Índia até o final de 2026.
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