Em uma villa particular nas águas turquesas quase irreais das Maldivas, Cassidy O'Hagan — 28 anos — abre a cortina do quarto para verificar se a criança ainda está dormindo. Ela não está em lua de mel nem de férias, está trabalhando. Horas antes, a família havia chegado de jato particular vinda de Nova York. Ela, como parte da "equipe de cuidados infantis", viajou com eles.
Para muitos jovens, isso pode parecer um sonho improvável. Para ela — e para um número crescente de pessoas da sua idade —, é simplesmente a alternativa mais viável a um mercado de trabalho corporativo que consideram falido. Em um mundo onde as demissões são constantes, as trajetórias profissionais estão se desfazendo e a inteligência artificial começa a competir pelas mesmas vagas de escritório, dezenas de jovens estão escolhendo outro caminho: tornar-se babás, assistentes pessoais ou chefs particulares para ultrarricos. Uma mudança de carreira inesperada que, longe de ser um caso isolado, está se tornando uma tendência global.
A ascensão das "babás bilionárias"
Segundo o Business Insider, jovens da Geração Z estão abandonando carreiras tradicionais para trabalhar no mundo dos chamados "serviços privados": de assistentes executivos e administradores de residências a motoristas, chefs ou babás para famílias com patrimônio altíssimo.
Diversos relatórios descrevem salários que variam de US$ 100 mil a US$ 250 mil (de R$ 533 mil a R$ 1,33 mi) anuais para babás e assistentes pessoais nos Estados Unidos, e £ ...
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