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Como o Honda WR-V se comporta em 1.200 km de estrada (pesado e com chuva)

Teste real entre Guarujá e Londrina mostra como o WR-V reage a bastante carga, pista molhada, etanol na gasolina e longos trechos de rodovia

15 dez 2025 - 13h26
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Honda WR-V
Honda WR-V
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Rodar 1.200 km é sempre um bom teste para qualquer carro. No caso do novo Honda WR-V, a viagem entre o litoral paulista e o norte do Paraná ajudou a mostrar a realidade. A primeira perna foi mais exigente – quatro pessoas a bordo, porta-malas cheio e pressão dos pneus aumentada para 34 libras. Mesmo assim, o consumo médio ficou em 13,6 km/l, número honesto para um SUV compacto aspirado, rodando com peso extra.

Na volta, o cenário mudou. Apenas duas pessoas, menos bagagem e pista, molhada, lisa e com perigos em vários trechos. Para ter mais grip nos pneus, reduzi a pressão para 31 libras e o WR-V respondeu com ótima estabilidade e melhor eficiência – com pico de 14,2 km/l, acima do valor indicado pelo ciclo PBEV do Inmetro (13,9). O carro mostra sensibilidade clara ao peso embarcado e à calibração correta dos pneus – algo que muitos motoristas ignoram no dia a dia.

Ao volante, alternando a condução com a Cris Prado, ficou evidente que o conjunto mecânico é coerente, mas tem limites claros. O motor 1.5 aspirado de 126 cv desenvolve bem em velocidade de cruzeiro e surpreende em retomadas leves, mas nas subidas longas o câmbio CVT de 7 marchas estica giros e eleva o nível de ruído na cabine. Isso denuncia a ausência do turbo e o torque máximo só disponível em rotações mais altas (4.600 rpm).

A suspensão do Honda WR-V foi primorosa em todas as situações da viagem, inclusive nos trechos de piso ruim e na perigosa BR-369, no norte do Paraná. Mesmo com o carro carregado na ida e sob chuva na volta, o conjunto manteve a carroceria sob controle e lidou bem com remendos, ondulações e saliências da estrada. A calibragem correta dos pneus foi decisiva para preservar o conforto no rodar, evitando batidas secas e mantendo a sensação de estabilidade ao longo de todo o trajeto.

Honda WR-V
Honda WR-V
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Na ida, com dois idosos com mais de 80 anos a bordo, ninguém reclamou de espaço. E o porta-malas de 470 litros acomodou quatro malas pequenas, duas sacolas, um saco cheio de almofadas e presentes, duas mochilas e até a bengala de Mainha.

Na volta, quando a chuva foi quase constante, misturamos etanol no tanque para os últimos 250 km. A média caiu um pouco para 12 km/l – um retrato fiel da realidade brasileira, onde a escolha do combustível pesa diretamente no bolso e no alcance Valia a pena abastecer com etanol na Rodovia Castello Branco. Os números confirmam que o WR-V entrega consumo previsível e competitivo para sua proposta, especialmente em estrada e considerando que não é turbo.

Honda WR-V
Honda WR-V
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

O mérito do novo Honda WR-V está no equilíbrio. Ele não tenta ser esportivo, nem promete mais do que entrega. É estável, fácil de conduzir, "altinho", confortável em longas distâncias e eficiente dentro do que se espera de um SUV Honda “de entrada”. Em viagens longas, mostra versatilidade – mesmo quando o trajeto, o clima e a carga exigem mais do que o básico dos trajetos curtos.

Honda WR-V
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Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro
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