Presidente da Fifa se diz enojando com racismo contra menino de 11 anos em jogo do Paulistão
Infantino destacou que os crimes dessa natureza, no estádio ou on-line, devem ser combatidos tanto pelo futebol quanto pela sociedade
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, repudiou um caso de racismo contra um jogador de 11 anos no Paulistão Sub-12, elogiou a ação do árbitro e reforçou a importância de combater o racismo no futebol e na sociedade.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, fez duras críticas ao caso de racismo envolvendo um atleta de apenas 11 anos, em uma partida entre o Manthiqueira e Corinthians, disputada no estádio Dário Rodrigues Leite, em Guaratinguetá, válida pela terceira fase do Campeonato Paulista sub-12.
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"Estou enojado por saber que um jogador de 12 anos da Academia Desportiva Manthiqueira sofreu ofensas racistas de uma torcedora durante uma partida do Campeonato Paulista Sub-12 contra o SC Corinthians Paulista em São Paulo, no Brasil", escreveu Infantino.
Na sequência, elogiou a atitude do árbitro e ressaltou a importância de fazer com que as novas gerações sejam devidamente educadas.
"O árbitro implementou o gesto da campanha "No Racism" para interromper a partida e ações foram tomadas contra a autora do crime. Eu elogio o árbitro por sua ação rápida e decisiva - nós temos uma responsabilidade, especialmente e urgentemente para com as futuras gerações, de erradicar o racismo e a discriminação no nosso jogo", escreveu.
Por fim, Infantino destacou que os crimes de racismo e discriminação, sejam eles no estádio ou on-line, devem ser combatidos tanto pelo futebol quanto pela sociedade e que seguirá trabalhando 'incansavelmente' para assegurar um impacto duradouro.
O que aconteceu?
Um jovem jogador de 11 anos denunciou ter sido alvo de insultos racistas vindos de uma torcedora da equipe visitante. Com a situação, no segundo tempo do jogo, um atleta do Mantiqueira sentou ao gramado aos prantos.
"Preto, filho da put*, sem família, vai tomar no c*!", foram as ofensas ouvidas pelo garoto, que não retornou ao jogo diante do abalo emocional, conforme consta na súmula.
O árbitro Guilherme Drbochlaw acionou o protocolo antirracista da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e comunicou às autoridades presentes. A mulher, de 41 anos, foi detida em flagrante pela Polícia Militar.