Líder do grupo Al Shabab ameaça Quênia com novos ataques

25 set 2013 - 16h37
(atualizado às 16h53)

O ataque ao centro comercial Westgate em Nairóbi foi uma "mensagem" ao Ocidente e ao Quênia, para que retirem suas tropas da Somália, advertiu nesta quarta-feira o líder dos insurgentes somalis islâmicos Al Shabab. A ação deixou 67 mortos, mas ainda há desaparecidos.

O ataque "foi uma mensagem para os ocidentais que apoiaram a invasão queniana" na Somália, "derramando o sangue dos muçulmanos em favor dos interesses de suas companhias de petróleo", declarou Ahmed Abdi Godane, em mensagem enviada à AFP. "Retirem as suas tropas dos Estados islâmicos ou se preparem para mais derramamento de sangue em seu território".

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Terror no Quênia

Al-Shabab, o grupo que atacou shopping em Nairóbi

As forças do Quênia retomaram terça-feira, após quase 80 horas de cerco, o controle do shopping da capital queniana, atacado sábado à tarde por um comando islamita. 

Os combatentes islâmicos "enviaram uma mensagem de que a paz permanecerá distante enquanto nossos irmãos muçulmanos forem oprimidos pelas mãos dos infiéis", insistiu Godane. "Ao povo do Quênia, dizemos que vocês entraram em uma guerra que não é de vocês (...) Vocês têm um papel no massacre cometido por suas forças (...) Vocês escolheram seus políticos e são os seus impostos que financiam as armas das forças (...) que estão matando os muçulmanos", explicou.

O Exército queniano iniciou uma intervenção militar na Somália no final de 2011 que ajudou a desalojar os shebab de seus redutos, incluindo na cidade portuária de Kismayo, em outubro de 2012.

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