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Negociações em Miami tentam destravar segunda fase do plano para Gaza

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, alertou nesta sexta-feira (19) que não haverá paz em Gaza sem o desarmamento prévio do Hamas. Mais cedo, o movimento islâmico palestino afirmou esperar que as negociações que começam hoje na Flórida interrompam as "violações" israelenses no enclave.

19 dez 2025 - 17h18
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"Se o Hamas algum dia se encontrar em posição de ameaçar ou atacar Israel, não haverá paz. Ninguém vai investir dinheiro em Gaza se acreditar que uma nova guerra pode eclodir em dois ou três anos. É por isso que o desarmamento é tão importante", disse Rubio em coletiva de imprensa em Washington.

Palestinos deslocados caminham na chuva na Cidade de Gaza em 15 de dezembro de 2025. O cessar-fogo patrocinado pelos EUA, em vigor desde 10 de outubro, interrompeu a guerra que começou após o ataque mortal do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023. Mas permanece frágil, já que Israel e o Hamas se acusam mutuamente de violações quase diariamente.
Palestinos deslocados caminham na chuva na Cidade de Gaza em 15 de dezembro de 2025. O cessar-fogo patrocinado pelos EUA, em vigor desde 10 de outubro, interrompeu a guerra que começou após o ataque mortal do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023. Mas permanece frágil, já que Israel e o Hamas se acusam mutuamente de violações quase diariamente.
Foto: AFP - OMAR AL-QATTAA / RFI

Uma reunião está prevista para esta sexta-feira na Flórida para discutir os próximos passos na Faixa de Gaza. "Nosso povo espera que essas negociações levem a um acordo entre os participantes para acabar com os excessos israelenses e cessar todas as violações", declarou Bassem Naim, membro do gabinete político do Hamas.

O enviado dos EUA, Steve Witkoff, se reunirá em Miami com representantes do Catar, Egito e Turquia. Doha e o Cairo, que atuam como mediadores do cessar-fogo no território palestino, recentemente pediram a transição para a próxima fase do plano do presidente dos EUA. Essa etapa prevê o desarmamento do Hamas, a retirada gradual do Exército israelense de todas as áreas, o estabelecimento de uma autoridade de transição e o envio de uma força internacional.

O ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, relatou contato diário com as diversas partes para alcançar a "implementação rápida" dessa segunda fase.

Mas até lá, a comunidade internacional deve "exercer pressão real e efetiva para interromper todas as violações do cessar-fogo que ocorrem diariamente", enfatizou o ministro à imprensa no Cairo.

A trégua, que entrou em vigor em 10 de outubro entre Israel e o Hamas, permanece frágil, com ambos os lados se acusando mutuamente de violar seus termos, enquanto a situação humanitária no território continua crítica.

Ajuda humanitária e reconstrução

O representante do Hamas também expressou esperança de que as negociações em Miami "obriguem" Israel a respeitar "a entrada de ajuda humanitária, a abertura da passagem de Rafah em ambos os sentidos e a entrada de todos os materiais necessários para a reconstrução e reabilitação da infraestrutura".

Naim pediu "a implementação do que resta do plano Trump, a fim de permitir uma estabilidade duradoura, iniciar uma reconstrução abrangente e também dar início a um processo político que permita aos palestinos se autogovernarem, levando ao estabelecimento de um Estado independente e plenamente soberano".

O Ministério da Saúde controlado pelo Hamas na Faixa de Gaza anunciou na quinta-feira (18) que pelo menos 395 palestinos foram mortos por disparos israelenses desde que o cessar-fogo entrou em vigor em 10 de outubro.

Três soldados israelenses também foram mortos no território desde a trégua. Israel ainda aguarda a devolução do corpo do último refém mantido em Gaza antes de iniciar as negociações sobre a segunda fase do acordo.

Com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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