Agricultores despejam esterco em frente à casa de praia de Macron em protesto contra acordo UE-Mercosul
Assinatura do acordo entre os blocos foi adiada para janeiro e manifestantes se opõem ao tratado
Agricultores franceses foram até a casa de praia do presidente Emmanuel Macron, em Le Touquet, no norte da França, para despejar esterco e outros resíduos em frente à moradia. O ato foi em oposição ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul e aconteceu nesta sexta-feira, 19.
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O acordo que é alvo de protestos tem como intuito reduzir ou eliminar tarifas de importação e exportação entre a UE e o bloco que inclui o Brasil e países como Argentina, Paraguai e Uruguai. Em meio ao tensionamento, sua assinatura foi adiada para janeiro.
Segundo informações da France Presse, manifestantes descarregaram sacos de esterco, pneus, repolhos e galhos perto da casa, que estava sob vigilância policial. A crítica é de que as novas medidas podem reduzir benefícios aos produtores.
Isso tudo após um dia de outro ato feito por agricultores, mas dessa vez europeus, também contra o acordo. Em Bruxelas, na Bélgica, a manifestação contou com cenas de violência, com manifestantes detidos.
"O Mercosul continua sendo um NÃO! Portanto, para dar xeque-mate no Mercosul, vamos nos manter mobilizados", escreveu a FNSEA, sindicato agrícola da França, nas redes sociais na quinta-feira, dia 18.
Críticos do pacto comercial que está sendo elaborado há 25 anos, como pontua a Reuters, dizem que commodities baratas podem inundar o mercado em detrimento dos produtores europeus.
Em paralelo, nesta sexta, Macron disse ser cedo para dizer se o adiamento de um mês para decidir sobre um acordo comercial será suficiente para atender às condições estabelecidas pela França -- mas que ele espera que sim. Ele afirma estar buscando por garantias mais fortes para proteger os agricultores.
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