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Europa

Enrico Letta assume como novo chefe de governo italiano

28 abr 2013 - 06h43
(atualizado às 11h31)
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O novo chefe de governo italiano, Enrico Letta, 46 anos e procedente do Partido Democrata (PD), assumiu neste domingo seu cargo perante o presidente da República, Giorgio Napolitano. Enquanto a cerimônia acontecia no palácio presidencial, um tiroteio deixou dois policiais feridos em frente ao escritório do premiê.

Letta (dir.) cumprimenta o presidente italiano, Giorgio Napolitano, durante a cerimônia de posse, em Roma
Letta (dir.) cumprimenta o presidente italiano, Giorgio Napolitano, durante a cerimônia de posse, em Roma
Foto: AP

O até agora vice-secretário do PD assumiu seu posto como novo primeiro-ministro da Itália, antes de comparecer ao Parlamento, onde deverá pedir a confiança de ambas as câmaras para seu governo de coalizão, o que se espera que aconteça a partir de amanhã.

Após 72 horas de consultas com os partidos e dois meses de crise, Letta divulgou ontem sua equipe de governo, no qual constam personalidades técnicas, membros do PD, do PdL - partido de Silvio Berlusconi - e do Escolha Cívica, do ex-primeiro-ministro Mario Monti.

Trata-se de um Executivo com 21 ministros e qualificado como renovador, já que não inclui as consideradas "grandes personalidades" dos partidos tradicionais e representa uma mudança de geração em relação a seus antecessores, pois a idade média de seus componentes é de 53 anos.

O novo governo liderado por Letta conta ainda com uma "forte presença feminina" com sete mulheres, um número recorde, segundo o próprio novo primeiro-ministro durante a apresentação do Gabinete para a imprensa. Nessa linha de renovação, Letta incluiu também a primeira ministra negra da história da Itália, Cécile Kyenge, que ocupará o Ministério da Integração (sem pasta).

Expectativas

"Esta é a primeira tentativa explícita de pacificação da Itália" com a formação de uma "coalizão completamente inédita que deixa para trás 20 anos de inimizade" entre a direita e a esquerda, ressaltou o editorialista político do Corriere della Sera, Massimo Franco.

De acordo com a maioria dos analistas, este governo era - como afirmou o presidente Giorgio Napolitano - "o único governo possível" após as eleições legislativas de 24 e 25 de fevereiro, nas quais a esquerda ganhou a maioria absoluta na Câmara de Deputados, mas não no Senado, câmara sem a qual é impossível governar e que está dividida em três blocos: PD, PDL e o Movimento 5 Estrelas (M5S).

A sáida dos "bigs", os pesos pesados da política que tanto a direita quanto a esquerda buscavam impor, como o ex-primeiro-ministro de esquerda Massimo D'Alema ou o ex-ministro de direita Renato Brunett, também surpreendeu os editorialistas.

Antes do tiroteio, que ofuscou em parte a cerimônia, os italianos se mostravam otimistas. Para Biagio, de 70 anos, este governo "era a única possibilidade para governar a Itália". Mas os novos ministros devem - segundo ele - fazer "coisas boas para o povo, e não apenas para os políticos" e, "sobretudo, eliminar seus privilégios", disse à AFP.

No entanto, vários jornais de esquerda, como o il Fatto Quotidiano, expressaram sua preocupação acerca da influência que Berlusconi poderia ter sobre o executivo, já que seu braço direito, o próprio vice-primeiro-ministro Alfano, é o número dois do governo.

Fonte: Com informações da AFP
EFE   
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