Em Paris, Janja se reúne com Brigitte Macron e diz esperar que COP30 seja de 'ações efetivas'
A primeira-dama brasileira, Janja Lula da Silva, esteve na manhã desta segunda-feira (20) no Museu do Quai Branly, em Paris. Ela foi recebida pela primeira-dama da França, Brigitte Macron, para uma visita à exposição Amazônia: Criações e Futuros Indígenas. No fim da visita, Janja falou que espera que a COP30, que acontece em Belém, no Brasil, em novembro, seja de "'implementação e de ações efetivas".
A primeira-dama brasileira, Janja Lula da Silva, esteve na manhã desta segunda-feira (20) no Museu do Quai Branly, em Paris. Ela foi recebida pela primeira-dama da França, Brigitte Macron, para uma visita à exposição Amazônia: Criações e Futuros Indígenas. No fim da visita, Janja falou que espera que a COP30, que acontece em Belém, no Brasil, em novembro, seja de "'implementação e de ações efetivas".
Tatiana Ávila, da RFI em Paris
Janja Lula da Silva chegou ao Museu do Quai Branly - Jacques Chirac por volta das 10h30 pelo horário local (5h30 em Brasília). Ela era aguardada pela primeira-dama francesa, Brigitte Macron, que a acompanhou na visita.
O encontro das duas foi caloroso, com direito a beijos e abraços, bem distante do protocolo formal. Ambas seguiram para a exposição, que destaca a produção artística contemporânea dos povos amazônicos. Essa é a terceira ocasião em que a primeira-dama brasileira se encontra para agendas oficiais com a primeira-dama francesa.
As obras e instalações foram apresentadas às primeiras-damas pelo curador da exposição, Leandro Varison. Elas estavam acompanhadas ainda do comissário da Temporada França-Brasil 2025, Emilio Kalil e do embaixador do Brasil na França, Ricardo Neiva Tavares.
Durante o percurso, Janja falou à Brigitte Macron sobre particularidades de diversos povos indígenas e mencionou ainda um esforço, segundo ela, do governo brasileiro para expulsar garimpeiros das áreas de reserva.
Enviada especial para Mulheres da COP30
Janja, que é embaixadora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) no Brasil, e será também a enviada especial para Mulheres da COP30, participa na terça-feira (21) do seminário "Diálogos Transatlânticos" que acontece na universidade Sorbonne, na capital francesa. O evento, organizado pela associação Autres Brésils, vai discutir questões como a transição energética e a educação ambiental, com a presença de pesquisadores, especialistas e estudantes. Além de estar presente na abertura do evento, Janja compõe o painel ODS: da agenda mundial à mobilização popular.
Durante a visita à exposição nesta segunda-feira, Brigitte Macron falou sobre as expectativas para a COP30 e da preocupação com o meio ambiente.
"Penso que a pressão deve ser contínua, porque muitas vezes nós falamos do tema e depois deixamos de falar. Outros temas acabam atravessando, mas o que é mais importante é manter a continuidade dessa pressão. Nós temos que lembrar sempre desse tema", disse ela, que perguntou a opinião de Janja.
"Eu espero que esta seja uma COP que possa ser, realmente, a COP da implementação, que as ações saiam do papel efetivamente. É disso que a humanidade está precisando: de uma virada de chave para que a gente possa enfrentar as mudanças climáticas", respondeu.
Agendas em Paris
Na tarde desta segunda-feira, Janja se encontrou com uma dezena de mulheres brasileiras que vivem em Paris para ouvir experiências das imigrantes na capital francesa. O encontro foi realizado na Residência Oficial do embaixador.
Neste mesmo dia, à noite, a primeira-dama participa de um jantar para convidados na Embaixada do Brasil. Na terça-feira, ao fim das agendas, Janja segue a caminho da Indonésia, onde vai se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.