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América Latina

Após mortes em protestos, Justiça venezuelana ordena prisão de dirigente opositor

leopoldo López teve a prisão decretada depois de manifestação que deixou 3 pessoas morta em Caracas, na última quarta-feira

13 fev 2014 - 12h57
(atualizado às 13h02)
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Leopoldo López pelos teve prisão decretada depois das manifestações  da últiam quarta-feira, em Caracas
Leopoldo López pelos teve prisão decretada depois das manifestações da últiam quarta-feira, em Caracas
Foto: Reuters

Um tribunal de Caracas emitiu uma ordem de prisão contra o dirigente opositor Leopoldo López pelos incidentes registrados na última quarta, 12, ao término de uma manifestação em Caracas, nos quais três pessoas morreram e 23 ficaram feridas, informou nesta quinta-feira o jornal El Universal em seu site.

De acordo com o jornal, que cita fontes judiciais, a juíza Ralenys Tovar Guillén aceitou um pedido do Ministério Público para prender López na noite da quarta-feira e, inclusive, já teria ordenado sua captura ao Serviço Bolivariano de Inteligência.

López deverá ser processado por uma série de delitos, como formação de quadrilha, instigação a delinquência, intimidação pública, incêndio em edifício público, danos à propriedade pública, lesões graves, homicídio e terrorismo, assinalou o jornal.

Uma fonte do Partido Vontade Popular, liderado por López, indicou à Agência Efe que, por enquanto, tem conhecimento da ordem de prisão somente pela publicação do jornal e que não recebeu nenhuma notificação formal. De acordo com a fonte, López se encontra reunido com seus advogados "avaliando a situação".

Pelo menos três pessoas morreram na jornada de manifestações que foi registrada ontem em Caracas e em outras várias cidades da Venezuela, a maioria delas convocada por grupos opositores contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

<p>Três pessoas morreram, 23 ficaram feridas e 25 foram detidas durante as manifestações que foram contidas por forças de segurança</p>
Três pessoas morreram, 23 ficaram feridas e 25 foram detidas durante as manifestações que foram contidas por forças de segurança
Foto: EFE

A manifestação no centro de Caracas, que se mostrava contra a situação econômica, a política de Maduro e as recentes prisões de estudantes por distúrbios no oeste do país, começou de maneira pacífica, mas acabou em violentos confrontos que resultaram na morte de três pessoas.

Uma terceira vítima também foi registrada poucas horas depois em Chacao, município do leste de Caracas. De acordo com o prefeito da cidade, Ramón Muchacho, esta ação possui ligações com "grupos irregulares". Além das mortes registradas, 23 pessoas ficaram feridas e outras 25 foram detidas pelos incidentes em todo o país.

Nesta quarta-feira, 12, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarou em um rápido discurso que "há um golpe de Estado em desenvolvimento na Venezuela". Ele disse ainda que repudia os atos violentos e afirmou que tanto os autores materiais como intelectuais estão sendo registrados.

EFE   
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