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França manifesta oposição ao acordo comercial entre União Europeia e Mercosul

Embora a Comissão Europeia tenha apresentado garantias de proteção para áreas consideradas sensíveis, os produtores franceses avaliam que tais medidas são insuficientes para conter os impactos econômicos da abertura de mercado

18 dez 2025 - 15h00
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Nesta quinta-feira (18), em Bruxelas, o presidente da França, Emmanuel Macron, reafirmou que o governo francês não prestará apoio ao acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. A declaração ocorreu antes de uma reunião de cúpula do bloco europeu, onde o mandatário destacou que as condições atuais do texto não atendem às exigências do setor produtivo de seu país.

Presidente da França, Emmanuel Macron
Presidente da França, Emmanuel Macron
Foto: Christian Mang/Getty Images / Perfil Brasil

De acordo com o chefe de Estado francês, o país se posicionará contra qualquer tentativa de acelerar a ratificação do pacto com o bloco sul-americano. Segundo o g1, a resistência central reside na percepção de que as normas ambientais aplicadas na América Latina diferem das diretrizes europeias, o que geraria disparidades na competitividade dos produtos.

"Quero dizer aos nossos agricultores, que manifestam claramente a posição francesa desde o início: consideramos que as contas não fecham e que este acordo não pode ser assinado", declarou Macron.

Embora a Comissão Europeia tenha apresentado garantias de proteção para áreas consideradas sensíveis, os produtores franceses avaliam que tais medidas são insuficientes para conter os impactos econômicos da abertura de mercado.

O objetivo principal do acordo comercial é a redução ou eliminação de tarifas de importação e exportação entre os dois blocos econômicos. Para mitigar riscos, o Parlamento Europeu aprovou, na última terça-feira (16), um sistema de monitoramento para produtos específicos, incluindo:

  • Carne bovina;

  • Aves;

  • Açúcar.

Este mecanismo permite a aplicação de tarifas caso o preço das mercadorias oriundas do Mercosul atinja patamares 5% inferiores aos valores praticados na União Europeia, ou se o volume de importações isentas de impostos ultrapassar o limite de 5%.

A assinatura final do tratado está prevista para o próximo sábado (20), em Foz do Iguaçu, durante a cúpula de chefes de Estado do Mercosul, segundo o g1. No entanto, a França solicitou formalmente o adiamento do evento.

A viabilidade do acordo depende agora da formação de maiorias no Conselho Europeu. Se a Itália se alinhar à posição de Paris — juntando-se a Polônia e Hungria —, o grupo de países teria votos suficientes para formar uma maioria qualificada capaz de bloquear a implementação do pacto. A Comissão Europeia, por outro lado, mantém o esforço para concluir as negociações no prazo estabelecido.

Perfil Brasil
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