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Polícia

Conheça as provas que a polícia diz ter contra Bruno

24 jul 2010 - 22h52
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Trinta dias. Foi esse o tempo que a Delegacia de Homicídios de Contagem, na Grande Belo Horizonte, levou para juntar quase 1,5 mil páginas, numa investigação que poderá colocar o ex-capitão e ídolo do Flamengo, o goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, 25 anos, atrás das grades pelas próximas décadas. Apontado como mandante do sequestro e da execução da ex-amante, Eliza Silva Samudio, 25 anos, que dizia ter um filho com o jogador, Bruninho, hoje com 6 meses, o atleta está envolvido, direta ou indiretamente, numa série de provas reunidas pela polícia.

Muro de casa em Belo Horizonte foi pichado com xingamentos ao goleiro Bruno
Muro de casa em Belo Horizonte foi pichado com xingamentos ao goleiro Bruno
Foto: Cristiano Couto/Hoje em Dia / Futura Press

No inquérito, a que O Dia teve acesso, há provas técnicas (obtidas através de rastreamento de carros e telefonemas), testemunhais (há seis depoimentos que indicam que Bruno e Eliza estiveram juntos no sítio nos dias que antecederam o crime) e materiais (o sangue da jovem encontrado nos vidros e no banco da picape Range Rover do goleiro).

A investigação serviu como base para o despacho da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, que no dia 7 decretou as prisões temporárias (por 30 dias) de Bruno e mais sete pessoas, além da apreensão do menor J., 17 anos, suspeitos do que ela classifica como "palco dos horrores". Esta semana, quando o inquérito deverá ser concluído, a polícia pedirá as prisões preventivas dos envolvidos. Inclusive a de uma amante do goleiro, Fernanda Gomes Castro, pela participação no sequestro.

No documento, a magistrada abordou o medo de testemunhas que chegaram a depor, mudaram de versão várias vezes e, em alguns casos, decidiram não falar mais nada: "nos bastidores, as testemunhas, temerosas pelo que lhes possam acontecer, calam-se, omitem-se e os envolvidos fazem o possível para apagar todas as pistas que lhes possam incriminar".

A grande polêmica do caso - o fato de o corpo da jovem Eliza não ter sido encontrado até agora - também é mencionada de maneira contundente: "certamente acreditam que praticaram o crime perfeito. Ledo engano".

A investigação indica tudo que teria ocorrido desde o momento em que Bruno e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, teriam colocado em prática o plano de matar Eliza, ainda em abril. Com dinheiro e promessas de reconhecimento de paternidade, eles teriam conseguido. De acordo com a polícia, ele sequestram e massacram a jovem, física e psicologicamente, mantendo-a várias vezes longe do filho como forma de garantir seu silêncio. Até que esse silêncio fosse para sempre, supostamente pelas mãos do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Neném.

Fonte: O Dia
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