Mulher grávida foge após ficar dois anos em cárcere privado e ser torturada por marido e sogra no CE
Gestante de 41 anos escapou da casa onde era mantida presa em Juazeiro do Norte; suspeitos foram presos
Grávida de 41 anos fugiu de cárcere privado em Juazeiro do Norte, CE, após dois anos de tortura pelo marido e sogra, que foram presos pela polícia.
Uma mulher de 41 anos, grávida de quatro meses, conseguiu fugir após ser mantida em cárcere privado por cerca de dois anos em Juazeiro do Norte, no Ceará. Ela relatou ter sido torturada pelo marido, de 43 anos, e pela sogra, de 70. Os dois foram presos nesta terça-feira, 2, de acordo com a Polícia Civil do Ceará.
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A vítima percebeu que a porta da casa não estava totalmente trancada e fugiu. Ela buscou ajuda da Guarda Municipal na Praça José Geraldo da Cruz e foi encaminhada para receber atendimento médico e psicológico.
De acordo com o depoimento dela, o homem a agredia constantemente com ajuda da mãe dele. Ela revelou que ele fazia tatuagens nela, e as apagava usando um ferro quente. A vítima apresentou lesões, marcas de amarração e de sufocamento. Ele já tinha passagens na polícia por lesão corporal dolosa e violência doméstica contra a mulher.
A sogra participava das agressões, mantinha a casa trancada e impedia que a vítima tivesse contato com a família.
Em nota, a Polícia Civil informou que os dois suspeitos foram presos em flagrante e devem responder pelos crimes de lesão corporal dolosa, sequestro e cárcere privado, além de violência doméstica e familiar.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Juazeiro do Norte, unidade especializada da PCCE, representou ao Poder Judiciário pelas prisões preventivas, que foram deferidas. Os dois suspeitos seguem à disposição da Justiça. A identidade dos envolvidos no caso não foi divulgada pela polícia.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.