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Um dos resíduos que mais poluem o planeta vira moda nas periferias de São Paulo

Mulheres da capital paulista geram renda transformando retalhos em roupas, criando moda, identidade e consciência ambiental

4 dez 2025 - 07h42
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Resumo
Mulheres periféricas de São Paulo transformam retalhos em moda sustentável, gerando renda, identidade e consciência ambiental, destacando-se como exemplo contra o desperdício e o fast fashion no Brasil. Programa de incentivo tem inscrições abertas até 9 de dezembro.
Tati Santos trabalhou por 30 anos para lojas do Brás e Bom Retiro e agora mantém o Ateliê de Moda Tati Santos, no Mandaqui.
Tati Santos trabalhou por 30 anos para lojas do Brás e Bom Retiro e agora mantém o Ateliê de Moda Tati Santos, no Mandaqui.
Foto: Hilton de Souza

Giovana, boliviana; Anny, mulher trans da zona sul; Cristiane, da favela de Heliópolis: essas e outras empreenderas estão dando um duplo adianto, em suas vidas e para o planeta, ao reutilizarem retalhos recolhidos na região do Brás para produzirem roupas novas – o bairro, na região central da capital, é conhecido pela produção e comércio de vestuário.

Os negócios femininos transformam resíduos têxteis em moda sustentável e autoral. A moda consciente tem mercado: 87,5% dos brasileiros preferem marcas sustentáveis, segundo o Instituto Akatu, enquanto a produção rápida, em massa e de baixo custo, chamada fast fashion, gera 4 milhões de toneladas de resíduos por ano, 85% descartados em aterros. Mas mulheres periféricas estão mudando essa realidade.

O coletivo Costurando com Arte, na favela de Heliópolis, começou na pandemia e conquistou equipamentos como máquinas de costura, prensa de bordado industrial e galoneira, para acabamentos. Em 2026, vão transformar uniformes doados pela Sabesp em necessaires, e lençóis do Hotel Ibis em bolsas – nelas haverá uma mensagem impressa indicando que a peça tinha sido um lençol.

Anny Soares constrói novos tecidos com retalhões para, então, desenhar e cortar as peças no ateliê na zona sul de São Paulo.
Anny Soares constrói novos tecidos com retalhões para, então, desenhar e cortar as peças no ateliê na zona sul de São Paulo.
Foto: Divulgação

Mulher trans e boliviana lançam moda

O Ateliê Transform é um negócio de moda sustentável idealizado pela moradora da zona sul de São Paulo, Anny Soares. Mulher preta e trans, de 40 anos, ela usa resíduos de confecções do Brás e modela calças, jaquetas e moletons com pegada streetwear. “Construo um novo tecido a partir dos retalhos e só aí corto as peças”, explica a estilista que tem cinco máquinas de costura.

A empreendedora Tatiana dos Santos trabalhou por 30 anos para lojas do Brás e Bom Retiro. Em seu Ateliê de Moda Tati Santos, no Mandaqui, zona norte, “toda peça conta uma história e minhas peças falam de sustentabilidade. Escolho tecidos como linho, algodão e brim, que permitem fazer roupas mais soltas para atender pessoas que viajam, querem qualidade de vida”.

No Coletivo Flor de Kantuta, liderado pela boliviana Giovana Loza no Bom Retiro, a costura se sobrepôs à exploração vivida na indústria têxtil e é uma arma contra o preconceito. Lá, oito mulheres andinas criam bolsas a partir de retalhos de confecções e do tradicional tecido andino aguaio. São peças que valorizam suas raízes e são vendidas em feiras, expostas em galerias de arte e compõem o tema principal de oficinas de confecção de peças.

Serviço:

O programa Fashion Sampa, que acelera negócios sustentáveis de moda com recursos e capacitação, está com inscrições abertas até 9 de dezembro. São R$ 30 mil e capacitação para cada um dos 25 negócios selecionados. Informações AQUI.

Fonte: Visão do Corre
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