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Empresário que saiu da roça lidera rede que fatura R$ 100 mi com impacto social

Aos 34 anos, Tony Cozendey comanda o Instituto Visão Solidária e amplia projeto que já ajudou 6 mil crianças

12 dez 2025 - 04h59
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Resumo
Aos 15, Tony deixou a zona rural de Rondônia. Hoje lidera o Instituto Visão Solidária, rede que fatura R$ 100 mi e oferece óculos acessíveis enquanto amplia o projeto social que já beneficiou mais de 6 mil crianças em vulnerabilidade.
O empresário Tony Conzendey quer doar 20 mil óculos e impactar 100 mil crianças de periferia nos próximos anos.
O empresário Tony Conzendey quer doar 20 mil óculos e impactar 100 mil crianças de periferia nos próximos anos.
Foto: Divulgação

Aos 15 anos, Tony Cozendey deixou a zona rural de Rondônia para estudar e trabalhar. Hoje, aos 34, lidera o Instituto Visão Solidária (IVS), rede presente em 25 estados, que projeta faturar mais de R$ 100 milhões em 2025. O negócio combina preços acessíveis e impacto social direto: mais de 6 mil crianças já foram atendidas pelo projeto Criança de Visão.

“Em novembro completaremos três anos no franchising. A projeção é alcançar 250 unidades até o fim do ano. Estamos crescendo acima da média”, afirma. Ele reforça que o plano envolve propósito: “Queremos levar saúde visual para quem nunca teve acesso. A meta é doar 20 mil óculos e impactar mais de 100 mil crianças nos próximos anos.”

Sua trajetória começou em condições duras. “Meu pai tinha uma loja de roupas, mas o negócio faliu e fomos morar na zona rural. Foi um choque. Não tinha energia, não tinha saneamento e as doenças eram comuns. Eu peguei malária. Quando percebi que já tinham me tirado até o direito de estudar, decidi pedir ao meu pai para voltar para a cidade. Eu queria uma chance”, lembra.

A vida na zona rural foi uma experiência difícil que fez Tony querer voltar para a cidade e tentar uma vida melhor. Conseguiu.
A vida na zona rural foi uma experiência difícil que fez Tony querer voltar para a cidade e tentar uma vida melhor. Conseguiu.
Foto: Arquivo pessoal

Vida como empresário e visão social

Em Buritis (RO), fez bicos até conseguir vaga como office-boy em uma ótica. “Ali começou a minha conexão com o mundo óptico. Nas horas vagas, eu ficava desmontando armações, tentando entender. Três meses depois virei vendedor. A ótica me deu dignidade e direção.”

Aos 17 anos, mudou-se para Rio Branco para ser gerente. Pouco depois, recebeu a proposta que mudaria tudo. “Um dono de ótica me ofereceu comprar o negócio. Eu não tinha dinheiro nenhum, mas tinha coragem. Arrendei o ponto, pagava comissão e, seis meses depois, comprei. Aos 19 anos, abri meu primeiro CNPJ. Eu queria provar que dava para crescer sem abandonar de onde eu vim.”

Criou a rede Óticas Mais, mas entendeu que precisava de gestão melhor. Uma parceria com a indústria Clear Optical, no Rio, abriu caminho. “A logística era difícil e percebi que precisava estar mais perto da indústria. Me mudei para o Rio em 2015. Foi ali que tive o insight do Instituto Visão Solidária. Eu queria algo maior que um negócio. Queria devolver o que a ótica tinha me dado.”

Tony Cozendey, quando começou a trabalhar como office-boy em uma ótica. Hoje é dono de uma rede de lojas.
Tony Cozendey, quando começou a trabalhar como office-boy em uma ótica. Hoje é dono de uma rede de lojas.
Foto: Arquivo pessoal

Democratizar o acesso a óculos para a periferia

Antes das lojas físicas, o IVS nasceu itinerante. “Eu pensava: se eu conseguir usar minha experiência para oferecer óculos de qualidade por um preço justo, posso transformar realidades. E transformar de verdade.” A primeira ação vendeu 400 óculos. Em 2016, o projeto operava em três estados e vendia 2 mil unidades por mês.

A primeira loja física veio em 2018, no Mato Grosso. “Criamos um ambiente sem balcões, democrático, onde o cliente tem autonomia. Democratizar não é só baixar preço — é respeitar as pessoas.”

Em 2022, lançou o franchising; em 2023, já eram 44 unidades vendidas; em 2024, 120; agora, 214 em 2025. “O avanço foi surpreendente. Fechamos o ano passado com R$ 50 milhões e vamos dobrar novamente. Mas o que mais me move não é o faturamento — é saber que estamos reduzindo desigualdades.”

O jovem enxergava longe e o ramo das óticas foi o caminho para crescer. “A gente sabe de onde veio e sabe quem queremos ajudar.”
O jovem enxergava longe e o ramo das óticas foi o caminho para crescer. “A gente sabe de onde veio e sabe quem queremos ajudar.”
Foto: Arquivo pessoal

Franqueados são incentivados a doarem óculos

No coração da estratégia está o social. “Uma em cada três crianças que abandona a escola tem dificuldade de aprendizagem ligada à visão. Às vezes, a criança não está desinteressada, ela simplesmente não enxerga. Quando colocamos um óculos no rosto de uma criança e ela sorri, aquilo diz tudo.”

O projeto Criança de Visão realizou milhares de atendimentos. “Carregamos o social no nome e no DNA. Incentivamos cada franqueado a doar ao menos quatro óculos por mês. Não é obrigação; é compromisso com o Brasil real. A gente sabe de onde veio e sabe quem queremos ajudar.”

Fonte: Visão do Corre
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