Ferrari percebe que seus clientes recusam supercarros elétricos e toma decisão radical
No mundo do luxo automotivo, onde cada marca cultiva zelosamente seu DNA, a chegada de uma Ferrari 100% elétrica é um evento histórico. Mas a mudança não é fácil. Enquanto a fabricante italiana se prepara para lançar seu primeiro modelo "zero emissão", os sinais do mercado estão longe de ser positivos. Entre o peso das baterias, a relutância dos clientes e a falta de emoção mecânica, a viabilidade do segmento é seriamente questionada.
Ferrari e sua transição para o elétrico: ambições demonstradas, realidade frustrada
No que promete ser um evento global, a Ferrari apresentará seu primeiro modelo totalmente elétrico no outono de 2025, no Dia do Mercado de Capitais, em 9 de outubro. Chamado inicialmente de Elettrica, o carro será revelado em três etapas: o núcleo tecnológico em outubro de 2025, o design e o interior no início do ano seguinte e a versão final na primavera de 2026. As entregas aos clientes começarão em outubro de 2026. Para apoiar essa transição, a fabricante conta com um prédio totalmente novo: o e-building, uma fábrica de 42.500 m², projetada especialmente para produzir motores elétricos, inversores e baterias. Valor do investimento: € 198 milhões, cerca de R$ 1,26 bi. E a empresa desfruta de uma saúde financeira exemplar: € 1,56 bilhão em lucro líquido em 2024, um aumento de 21%, com vendas recordes.
Mas por trás dessa imagem ambiciosa, a dúvida se instala. O primeiro modelo elétrico, com preço superior a € 500 mil (mais de R$ 3,1 mi), será um veículo de ...
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