Há algo que uma moto a gasolina jamais poderá fazer, mas uma elétrica sim: chegar ao vulcão mais alto do mundo
Uma Stark Varg elétrica alcançou mais de 6.700 metros de altitude no Ojos del Salado
Existe um limite invisível ao qual a gasolina nunca chega. Ele não está marcado em um conta-giros nem em uma ficha técnica, mas no ar — ou, melhor dizendo, na falta dele.
Quando a altitude aperta, os motores a combustão começam a perder fôlego. Não importa o quão refinada seja a injeção ou o quão bem ajustada esteja a mecânica: sem oxigênio, não há milagre. E é justamente aí que uma moto elétrica entra em outro jogo. A Stark demonstrou isso ao levar uma Varg EX até um terreno onde as motos tradicionais já não competem, apenas sobrevivem.
O Ojos del Salado, no Chile, é o vulcão ativo mais alto do planeta e um daqueles lugares onde tudo se complica: o frio, o vento, o solo vulcânico e uma atmosfera tão pobre em oxigênio que transforma qualquer erro em um problema sério. Ali, o piloto suíço Jiri Zak alcançou 6.721 metros de altitude sobre uma moto elétrica de enduro. E não, não se tratava de um protótipo experimental nem de uma mula camuflada: segundo a Stark, a moto era uma unidade de produção em série.
A chave não está na velocidade nem na potência máxima, mas em algo muito mais básico. Enquanto um motor a combustão perde desempenho a cada metro que ganha em altitude, o elétrico entrega seu torque de forma constante. Não é preciso ajustar carburadores, nem mapas, nem torcer para que ele ligue após uma parada. Em um ambiente onde parar pode significar não voltar a funcionar, essa diferença muda tudo.
O projeto vinha rondando a cabeça da equipe há algum tempo. Zak explicou de ...
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