[Avaliação] Honda City Hatchback, o melhor do Brasil?
Com uma ergonomia perfeita, conforto e bem-estar a bordo, multimídia nota 10 e baixo consumo de combustível, City Hatchback brilha
O novo Honda City Hatchback reúne todas as condições para agradar aos órfãos do Honda Fit. Depois de uma experiência de um dia com o carro, desta vez ficamos uma semana inteira com o City Hatchback. A utilização no dia a dia, na cidade e na estrada, deixou a impressão de que o Honda City talvez seja o melhor hatch nacional atualmente.
| Preço | Pontuação | Compra |
| R$ 120.300 | 82 / 100 | Muito boa |
Dependendo do uso que se queira ter, ele pode ser considerado até o melhor do Brasil. Claro que a disputa é intensa. Considerando os rivais, há carros muito fortes, como a picape Fiat Toro, os Volkswagen Nivus, T-Cross e Virtus, o Hyundai Creta, o Toyota Corolla sedã, o Chevrolet Tracker, os Jeep Renegade e Compass.
Se algum outro carro preferido pelo leitor não foi citado acima, é porque o novo Honda City é melhor do que todos eles. No caso específico do Honda City Hatchback, ele é superior a rivais diretos como Toyota Yaris, Volkswagen Polo, Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e outros. O City Hatchback agrada porque traz características que consagraram o Fit, como o amplo espaço interno e a versatilidade dos bancos.
Mas há outros méritos. O novo City Hatchback tem uma ergonomia primorosa. Isso significa a melhor posição de dirigir e conforto para motorista e passageiros durante horas na estrada. Seu porte compacto (mas não pequeno) permite fácil usabilidade, especialmente no trânsito e no dia-a-dia, quando a disputa por espaço em estacionamentos é bastante acirrada.
Para além da ótima posição de dirigir, o Honda City Hatchback proporciona uma certa sensação de prazer. Não exatamente pelo desempenho, que não é brilhante, mas pela qualidade do volante de direção, pela simplicidade e eficácia do quadro de instrumentos, pelo tamanho da borboleta atrás do volante, pela posição do display central, pela fácil acessibilidade à ótima multimídia, pelo acabamento superior – em materiais, texturas e encaixes.
O conjunto motor-câmbio, formado pelo 1.5 aspirado com CVT de 7 marchas, não empolga em desempenho, mas compensa no baixo consumo de combustível e na boa autonomia (km/l). Conseguimos médias de 15,3 km/l numa condução normal, com velocidade moderada, mas algumas fortes acelerações. Rodando a 120 km/h constantes, no plano, o motor gira a pouco mais de 2.000 rpm.
Por que o motor não é brilhante? A potência máxima de 126 cv está disponível somente a 6.200 rpm, o que na prática significa quase nunca utilizá-la. O que ajuda o novo Honda City a ter um desempenho um pouco superior ao do City anterior é o torque, que é maior e surge antes. São 155 Nm com etanol e 152 Nm com gasolina, ambos a 4.600 giros.
A suspensão traseira do Honda City é por eixo de torção e os freios traseiros são a tambor, porém bem dimensionados para o peso e a velocidade do carro. Estão bem dimensionados para um carro que não tem pretensões esportivas, mas sim de conforto, praticidade e versatilidade. Como o desempenho não é muito forte, o City Hatchback tem bom equilíbrio em curvas.
Passa, também, uma certa robustez e equaliza bem a estabilidade e o conforto. O Honda City não é um carro “duro”, mas está longe de passar aquela sensação de quem está no sofá de casa. Como tem tração dianteira, o City Hatchback é muito fácil de ser conduzido e permite fazer curvas com razoável velocidade.
Claro que sempre há pontos a criticar num carro. O porta-malas, por exemplo, tem apenas 268 litros. Mas é preciso ampliar a visão nesse caso. Para quem precisa de um enorme porta-malas, a Honda oferece o City sedã, que dispõe de 519 litros para bagagens. A proposta do City Hatchback é outra – ser urbano e versátil para casais que não precisam levar a sogra, o cachorro, o papagaio e parte da mudança numa viagem para o litoral.
E aqui estamos falando, mais do que dos números, das sensações que o carro provoca ao volante e na utilização. Por tudo isso, em nossa avaliação, o novo Honda City Hatchback é, sim, um dos melhores carros do Brasil no momento – talvez o melhor de sua categoria, pela combinação de várias qualidades construtivas e de usabilidade.
| ITEM | PTS | MÁX |
| Motor e câmbio | 9 | 15 |
| Direção, suspensão e freios | 7 | 10 |
| Carroceria e design | 7 | 10 |
| Desempenho | 7 | 10 |
| Consumo | 9 | 10 |
| Multimídia | 5 | 5 |
| Equipamentos e usabilidade | 19 | 20 |
| Comportamento dinâmico | 17 | 20 |
Ficha técnica
Motor: 1.5 flex
Potência máxima: 126 cv a 6.200 rpm (g/e)
Torque máximo: 155 Nm a 4.600 rpm (e)
Câmbio: 7 marchas CVT
Tração: 4x2 (d)
Comprimento: 4,549 m
Largura: 1,748 m
Altura: 1,477 m
Entre-eixos: 2,600 m
Vão livre: n/d
Peso: 1.180 kg
Carga útil: n/d
Pneus: 185/55 R16 R16
Porta-malas: 268 litros
Tanque: 39 litros
0-100 km/h: 10s8
Velocidade máxima: 175 km/h
Consumo cidade: 13,3 km/l (g)
Consumo estrada: 14,8 km/l (g)
Emissão de CO2: n/d
