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A paixão cega dos corintianos e os erros de Fábio Carille

Com torcedores divididos, Corinthians tenta milagre da classificação em Quito

25 set 2019 - 12h55
(atualizado às 12h55)
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O torcedor é um apaixonado. Se for corintiano então sai de baixo. Por isso dá pra entender o clima de ame-o ou deixe-o que foi criado em torno do técnico Fábio Carille. Enquanto parte da torcida foi protestar contra o treinador após a derrota para o Independiente Del Valle, outra parte saiu em sua defesa nas redes sociais com a hashtag fechado com Carille.

Fábio Carille, técnico do Corinthians
Fábio Carille, técnico do Corinthians
Foto: Sergio Barzaghi / Gazeta Press

É inegável o sucesso do técnico à frente do Corinthians, principalmente em termos de resultado. Um título brasileiro e o tricampeonato paulista não são pra qualquer um. O problema é que nessa temporada o desempenho está muito abaixo do esperado.

O próprio técnico havia prometido uma melhora do time depois da Copa América. Houve momentos de bom futebol, mas muito raros. A defesa voltou a ser o forte da equipe,  mas a criação e a força ofensiva deixaram a desejar.

Carille virou refém do discurso do início do ano em que dizia ter em mãos um elenco com mais opções do que o time campeão brasileiro de 2017. Depois, chegou a insinuar que jornalistas estariam trabalhando como espiões de outros times, durante o Paulistão. Por último, jogou a culpa da derrota na Sul-Americana nas costas de Pedrinho e Mateus Vital.

O próprio presidente do clube, Andrés Sánchez, classificou de infeliz a afirmação de Carille sobre os jovens jogadores. Só que aparentemente  o técnico não se arrependeu do que disse e ainda transformou Vital em reserva.

Com um início insinuante na carreira, Carille mostra estar sentindo o peso da responsabilidade de ter passado em tão pouco tempo de promessa a salvador da pátria. Só isso explica as declarações infelizes e a mudança de comportamento.

Dentro de campo, o corintiano pode esperar nesta noite muita luta dos jogadores, o que nunca faltou ao time, diga-se de passagem. Com muito sofrimento também, porque aparentemente Carille vai apostar nas bolas paradas de Sornoza, trocando a rapidez pelos cruzamentos em busca de Gustagol, que deve ser a outra novidade da equipe.

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