Bolsa recua com tensão política e aprovação do PL da Dosimetria
Possibilidade de Tarcísio de Freitas disputar reeleição em São Paulo também movimentou o mercado
A queda da Bolsa seguiu o movimento de correção após sucessivos recordes e foi puxada pelo aumento da aversão ao risco. Pesou a avaliação de que o governador Tarcísio de Freitas deve disputar a reeleição em São Paulo, reduzindo apostas do mercado em uma alternativa presidencial em 2026.
Em meio a ruídos políticos e avanço de projetos sensíveis no Congresso, o Ibovespa caiu 0,79%, aos 157.327 pontos nesta quarta-feira (17), enquanto o dólar saltou 1,10% e fechou a R$ 5,52, no maior nível desde 1º de agosto.
A queda da Bolsa seguiu o movimento de correção após sucessivos recordes e foi puxada pelo aumento da aversão ao risco. Pesou a avaliação de que o governador Tarcísio de Freitas deve disputar a reeleição em São Paulo, reduzindo apostas do mercado em uma alternativa presidencial em 2026.
Outro fator negativo foi a aprovação do texto principal do projeto que corta 10% dos benefícios fiscais e amplia a tributação sobre bancos, casas de apostas e contribuintes de alta renda, medida vista como essencial para reforçar a arrecadação.
Em destaque no Ibovespa, Petrobras fechou em alta de 0,68% (ON) e 1,11% (PN), enquanto a Vale avançou 1,27%, acompanhando a valorização das commodities. Já o setor financeiro teve desempenho majoritariamente negativo.
No câmbio, além do cenário fiscal, o dólar reagiu a pesquisas eleitorais que elevaram a percepção de risco associada a uma possível reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No cenário internacional, a agenda desta quinta-feira (18) concentra as atenções em decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE). , além da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, dado-chave para os próximos passos do Federal Reserve (Fed).
No Brasil, o Banco Central divulgou o Relatório de Política Monetária, elevando a projeção de crescimento do PIB de 2025 de 2% para 2,3% e a de 2026 de 1,5% para 1,6%. O presidente da instituição, Gabriel Galípolo, deve comentar em entrevista os dados do relatório e o cenário econômico.
No campo político, o Senado deixou avançar o PL da Dosimetria para destravar a votação do projeto de corte de benefícios fiscais, que deve gerar até R$ 22,45 bilhões em receita e é considerado central para o Orçamento de 2026. O texto segue agora para sanção presidencial, com indicação de possível veto.
Esse pacote é visto como essencial para fechar o Orçamento de 2026 e aumentar a arrecadação em mais de R$ 20 bilhões. O projeto ainda pode ser vetado pelo presidente.
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