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Engenheiro brasileiro do Viper sonha em ter o esportivo

2 nov 2012 - 15h20
(atualizado às 15h23)
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Karina Craveiro
Direto de São Paulo

O engenheiro Marco Diniz, da SRT - divisão esportiva da Chrysler, anda pelo estande da marca no salão de São Paulo cheio de orgulho. É que o carioca, radicado nos Estados Unidos há mais de 10 anos, é um dos "pais" do SRT Viper, o esportivo que em sua quinta geração está roubando a cena no motorshow brasileiro.

» Veja os destaques do salão de São Paulo em 800 imagens exclusivas

Radicado há mais de 10 anos nos Estados Unidos, o engenheiro carioca Marco Diniz é responsável por projetos da SRT
Radicado há mais de 10 anos nos Estados Unidos, o engenheiro carioca Marco Diniz é responsável por projetos da SRT
Foto: Fernando Borges / Terra

O modelo icônico americano sempre foi o sonho de Diniz. "Trabalhava na Volvo em 1994 quando vi o Viper na capa de uma revista. Disse pra mim mesmo que iria trabalhar no projeto dele um dia. E corri atrás disso. Hoje meu sonho é ter um na garagem. Estou juntando dinheiro para isso", diz ele, que trabalhou no desenvolvimento do modelo (no acerto de suspensão e chassi), avaliado em US$ 99.390, cerca de R$ 200 mil.

Começo na Chrysler

Em 1998, após pedir demissão da Volvo, o engenheiro foi trabalhar na fábrica da Chrysler em Campo Largo (PR), no projeto da picape Dakota. Mas sua vontade era ser transferido para a fábrica da marca em Detroit. "Pedi transferência por três vezes e nunca consegui", relembra.

Depois de quase dois anos de Chrysler do Brasil, Diniz foi contratado por uma empresa de serviços de engenharia, terceirizada da Chrysler nos Estados Unidos, e conseguiu finalmente trabalhar na Chrysler americana. "Assim que eu cheguei lá, minha gerente disse resolveria meu problema, para que eu não fosse mais terceirizado, e em junho de 2000 eu fui contratado como funcionário efetivo", conta ele, que não pretende voltar ao Brasil. "Eu sempre tive vontade de morar nos Estados Unidos e trabalhar com modelos de alto nível de performance. Infelizmente, nenhuma marca desenvolve esse tipo de produto por aqui", lamenta.

SRT Viper

O trabalho de Diniz no Viper passa pelo sonho de muitos apaixonados por esportivos. "Estou na maior parte do tempo atrás do volante, avaliando subjetivamente o comportamento do carro. Sei que muitos queriam estar no meu lugar", diz ele, que após a avaliação, faz "engenharia de verdade", como ele mesmo diz. "O resto da função é fazer cálculo de suspensão, cálculo de mola, geometria de suspensão", conta.

O maior desafio da quinta geração do Viper, de acordo com Diniz, foi acrescentar sistemas de segurança exigidos pela nova legislação americana (todos os modelos produzidos devem ter controle de estabilidade, controle de tração e freios ABS) sem interferir no comportamento do veículo. "A crítica chegou a dizer que o carro perderia sua essência, mas isso não aconteceu. O carro está do ca...! Os novos sistemas não interferem na desenvoltura dele, muito pelo contrário. Acho difícil algum motorista superar os limites do carro", diz.

Apesar de o grupo Fiat ser detentor da Chrysler e, consequentemente da SRT, o projeto do novo Viper não sofreu nenhuma interferência dos italianos. "Até especularam que ele teria um motor Ferrari. Mas o Marchionne (CEO da Fiat) foi bem firme e disse que o modelo era um ícone americano, e que continuaria sendo", explica Diniz.

Grand Cherokee SRT8

Antes do Viper, em 2010, o engenheiro brasileiro teve uma missão tão excitante como o desenvolvimento do Viper. "Falaram que eu tinha que transformar a Grand Cherokee em algo mais divertido. Foi um grande desafio pegar uma SUV, uma plataforma de um carro alto, que tem muito rolamento, um carro pesado, e transformar em um carro de corrida. E acho que a gente conseguiu. É um carro fantástico na pista".

Para entrar na "linha SRT", Diniz pontua que cinco itens devem ser modificados ou adaptados no veículo: motor/transmissão, chassi, freios, interior e exterior. "São pilares básicos. No caso da Grand Cherokee, eu peguei o projeto desde o início, fiz todo o desenvolvimento, foi como um filho".

Apesar de todo o acerto, o engenheiro conta que é comum que novos ajustes sejam feitos mesmo após o lançamento do modelo. "Lembro que o carro entrou em produção e dois meses depois o presidente falou que queria que levássemos para a pista de Nürburgring (Alemanha). E eu usei a pista para deixar o carro ainda melhor. Lembro que não parava de sorrir. Foi uma experiência animal, fantástica", lembra.

O melhor de fazer parte de um projeto de um modelo de alta-performance, segundo ele, é ter um público apaixonado pelo carro desenvolvido. "É extremamente gratificante o retorno que temos dos clientes". E a pior parte? "É quando a imprensa fala mal do carro. Dá vontade de chorar", completa.

Salão do Automóvel de São Paulo

A 27ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo ocorre entre os dias 24 de outubro e 4 de novembro de 2012, no Pavilhão de Exposições do Anhembi - na zona norte da capital paulista. Ao todo, 49 montadoras e importadoras irão expor cerca de 500 carros durante o evento. O horário de funcionamento do evento varia: do dia 25 de outubro a 3 de novembro, das 13h às 22h; já no dia 4 de novembro o salão recebe os visitantes das 11h às 19h.

Confira os preços (antecipados):

Adulto (Inteira) - Dias de semana: R$ 50 / Fim de semana e Feriado: R$ 70

Crianças/Estudantes (meia entrada*) - Dias de semana: R$ 25 / Fim de semana e Feriado: R$ 35

Redes Sociais (mediante código promocional) - Dias de semana: R$ 40 / Fim de semana e Feriado: R$ 56

Grupos e Caravanas (mínimo de 30) - Dias de semana: R$ 40 / Fim de semana e Feriado: R$ 56

Kit Fã - Dias de semana: R$ 150 / Fim de semana e Feriado: R$ 150

Kit VIP - Dias de semana: R$ 500 / Fim de semana e Feriado: R$ 500

Confira os preços (na bilheteria):

Adulto (inteira) - Dias de semana: R$ 55 / Fim de semana e Feriado: R$ 80

Crianças/Estudantes (meia entrada) - Dias de semana: R$ 27,50 / Fim de semana e Feriado: R$ 40

*meia entrada: estudantes, professores da rede pública, aposentados e idosos com mais de 60 anos

Fonte: Terra
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