Na noite de ontem, o Banco Central (BC) decidiu manter a Selic em 15% ao ano pela terceira reunião seguida, em decisão unânime. A taxa segue no maior nível desde 2006, colocando o Brasil com o segundo maior juro real do mundo.
O Ibovespa continua em trajetória histórica e renovou recorde mais uma vez nesta quarta-feira (5), ao subir 1,72% e fechar aos 153.294 pontos. Foi o oitavo consecutivo do principal índice da B3, impulsionado pelos balanços corporativos e pela expectativa em torno da decisão do Copom.
As ações da Petrobras ajudaram a puxar o índice, com alta de 1,81% (ON) e 1,98% (PN). A Vale (VALE3) também avançou 1,72%, acompanhando a valorização do minério de ferro. Entre as maiores altas do dia, Vamos (VAMO3) saltou 8,66%, enquanto CSN (CSNA3) liderou as perdas, caindo 4,6%.
No final do dia, o dólar registrou perda de 0,69% ante o real, a R$ 5,36, após a China suspender tarifas sobre produtos dos EUA, o que aliviou tensões comerciais e deu fôlego às moedas emergentes.
Na noite de ontem, o Banco Central (BC) decidiu manter a Selic em 15% ao ano pela terceira reunião seguida, em decisão unânime. A taxa segue no maior nível desde 2006, colocando o Brasil com o segundo maior juro real do mundo.
No comunicado, o Copom apontou incertezas no cenário global, influenciadas pela política monetária dos EUA e pelas tensões geopolíticas, além de lembrar que a inflação ainda está acima da meta de 3%, apesar de uma leve desaceleração.
Enquanto isso, o governo avança na agenda fiscal. O Senado aprovou o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, com novas regras para tributação de lucros e dividendos. A medida, que ainda vai à sanção presidencial, é vista como um trunfo eleitoral de Lula para 2026.
No exterior, esta quinta-feira (6) é dia de decisões de política monetária. O Banco da Inglaterra manteve os juros em 4%, enquanto o Banco Central do México anuncia sua decisão à tarde. Nos EUA, falas de dirigentes do Fed seguem no radar dos investidores, após Jerome Powell indicar que um corte em dezembro ainda é incerto.
Nos EUA, o secretário de Transportes Sean Duffy alertou para uma redução de 10% no tráfego aéreo em 40 aeroportos, caso o shutdown do governo — já com 37 dias — não termine.
No Brasil, Lula abre a Cúpula da COP30, em Belém, com Macron e Ursula von der Leyen, enquanto o mercado aguarda o dado da balança comercial de outubro, com projeção do BTG Pactual de superávit de US$ 6,2 bilhões.
Em destaque no setor corporativo, Axia Energia registrou prejuízo de R$ 5,45 bi, mas anunciou R$ 4,3 bi em dividendos e a Multiplan ampliou participação no BarraShopping para 73,37%; enquanto a Vale recomprou 89,4 milhões de debêntures; e a Motiva confirmou interesse do grupo Asur em seus aeroportos.
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