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Após posicionamento duro do Copom, mercado adia corte da Selic para março

O tom hawkish do comunicado fez o Ibovespa andar de lado nesta quinta-feira (6)

7 nov 2025 - 10h14
Resumo
Após o tom firme do Comitê de Política Monetária (Copom), investidores adiaram as apostas para o início do corte da taxa Selic, agora esperado apenas para março de 2026. A incerteza sobre o ritmo de queda dos juros reduziu o otimismo na reta final da sessão.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (6) em leve alta de 0,03%, aos 153.338 pontos, alcançando um feito histórico: 12 pregões seguidos de valorização, sequência que não acontecia desde 1997. O avanço reflete o bom momento dos balanços corporativos, mas o fôlego foi limitado pela leitura mais dura do Banco Central sobre a economia.

Após o tom firme do Comitê de Política Monetária (Copom), investidores adiaram as apostas para o início do corte da taxa Selic, agora esperado apenas para março de 2026. A incerteza sobre o ritmo de queda dos juros reduziu o otimismo na reta final da sessão.

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Entre os destaques da Bolsa, a Petrobras teve desempenho misto, com leve alta de 0,09% nas ações ordinárias (PETR3) e 0,52% nas preferenciais (PETR4), mesmo com a queda nos preços do petróleo. A Vale recuou 0,35%.

O setor financeiro também se destacou: Banco do Brasil avançou 1,11%, enquanto Santander caiu 0,89%. As maiores variações do dia ficaram com Rede D’Or, que disparou 8,36% após divulgar lucro acima das expectativas, e Minerva, que desabou 13,48% após resultados trimestrais e divulgação de lucros abaixo do esperado.

Já o dólar fechou em leve queda de 0,23%, cotado a R$ 5,35, em meio à expectativa de que o Federal Reserve (Fed) possa iniciar cortes de juros já em dezembro. A movimentação ganhou força após dados fracos e a indefinição causada pelo shutdown — paralisação parcial do governo americano — que suspendeu a divulgação do relatório de emprego (payroll), previsto para esta sexta-feira (7).

Na China, a balança comercial de outubro frustrou expectativas e acendeu novo alerta sobre a recuperação do país. O resultado reflete os efeitos das tarifas impostas por Donald Trump e pesou sobre os preços do minério de ferro, que recuou quase 2%. As bolsas asiáticas fecharam em baixa e contagiaram o humor na Europa, onde os principais índices operam no vermelho nesta sexta-feira.

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No cenário nacioanal, o posicionamento do Copom provocou ajustes na curva de juros futuros, com investidores apostando em uma Selic mais alta por mais tempo.

Em destaque no setor corporativo, a Petrobras registrou lucro líquido de US$ 6 bilhões no terceiro trimestre, superando previsões e anunciou dividendos de R$ 12,16 bilhões, mesmo com aumento da dívida. Já a Embraer aprovou a recompra de até 10,8 milhões de ações e pagamento de JCP de R$ 147,8 milhões, enquanto a SLC Agrícola reduziu prejuízo para R$ 14,5 milhões com avanço na produtividade.

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