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Dispositivo cardíaco pode permitir que crianças esperem por transplante em casa; entenda

O Jarvik 2015 é um dispositivo menor e tem o objetivo de permitir que as crianças que esperam por transplantes aguardem em casa

7 mai 2024 - 11h29
(atualizado em 8/5/2024 às 11h32)
Foto: DC Studio/freepik

Pesquisadores estão testando uma nova alternativa para crianças com insuficiência cardíaca. Essas crianças que aguardam transplantes tendem a ficar no hospital por meses, senão anos, conectadas a um dispositivo volumoso de bombeamento sanguíneo. 

Porém, com uma bomba cardíaca implantada, elas poderiam esperar pelos transplantes em casa.

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O Berlin Heart já foi aprovado por reguladores nos EUA e na Europa, para uso a longo prazo em crianças mais novas que estão na fila de espera de transplantes de coração. Mas o dispositivo ainda traz limitações, diz Christopher Almond da Universidade de Stanford, na Califórnia, primeiro autor do estudo.

O Berlin Heart se conecta ao coração através de dois tubos grandes, dificultando o movimento das crianças, além de exigir que as crianças continuem no hospital, pois há riscos como derrame e infecção.

A equipe de pesquisadores liderada por Almond testou um dispositivo mais novo, o Jarvik 2015, em sete crianças com insuficiência cardíaca. Elas tinham idades variando de 8 meses a 7 anos e apresentavam pesos entre 8,2 e 20,9 quilogramas. O estudo foi publicado pelo The Journal of Heart and Lung Transplantation nesta terça-feira (7). 

Durante uma cirurgia de coração aberto, os pesquisadores implantaram a bomba e posteriormente monitoraram as crianças no hospital. 

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O dispositivo é implantado no coração, conectado a uma bateria externa que é usada na cintura. Sua função consiste em bombear sangue do ventrículo esquerdo do coração para o vaso sanguíneo principal, que distribui o sangue por todo o corpo.

Em média, as crianças usam o dispositivo por 115 dias. Todas as sete sobreviveram e cinco receberam transplantes de coração. 

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Uma se recuperou espontaneamente no meio tempo, enquanto outra precisou mudar de dispositivo para realizar a função do ventrículo direito do coração, após a falha do mesmo. Essa situação não está relacionada com o Jarvik 2015. Uma das criança teve um derrame grave, um risco conhecido de dispositivos de assistência cardíaca.

A maioria dos pequenos pacientes não sentiu dor com o dispositivo e conseguiram participar de várias atividades. "Com menos material fora do corpo e sem estar preso a uma bomba grande, essa criança realmente consegue ser um pouco mais livre e se movimentar", diz Almond, ao portal NewScientist.

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É preciso realizar estudos de maior escala para investigar se a bomba realmente consegue permitir que as crianças aguardem em casa até o momento do transplante, segundo Almond. Nos Estados Unidos, as crianças geralmente esperam de três a 12 meses por um transplante, enquanto na Europa podem esperar até dois anos.

"O Berlin Heart é muito bem-sucedido, fazendo a ponte para o transplante, e nos tornamos bastante experientes em seu uso," afirma Elizabeth Blume, do Hospital Infantil de Boston, ao portal. "[Mas] esperamos que novos dispositivos possam permitir que as crianças sejam liberadas para casa, assim como os adultos”.

Fonte: Redação Byte
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