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Tecnologia 3D auxilia cirurgia de separação de gêmeas siamesas

Parceria entre a startup de tecnologia 3D e InCor permitiu visualização realista do caso de siamesas

24 jul 2022 - 04h00
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Eloá e Sara
Eloá e Sara
Foto: Instagram / Reprodução

Eloá e Sara são duas irmãs siamesas brasileiras unidas pelo tórax. A cirurgia de separação, inédita no Brasil, envolveu cerca de 40 profissionais de saúde, que contaram  com uma ajuda especial: a tecnologia de modelagem 3D do corpo humano desenvolvida pela MedRoom, startup que oferece soluções para o ensino de anatomia em cursos de saúde no Brasil, México, Paraguai e Peru. 

A parceria entre a edtech e o Instituto do Coração começou em 2019, quando a organização implantou em seu prédio, por meio de uma parceria também com a Intel, o Andar Digital InCor, uma estação de realidade virtual com a solução para estudo de anatomia e casos clínicos. 

Em 2020, foram feitos os primeiros estudos do caso das gêmeas, por meio de uma modelagem virtual 3D desenvolvida pela MedRoom. Com o programa, foi possível ter uma visão clara do corpo das irmãs e da relação entre seus corações, ossos do peito, fígado e veias circulatórias.

“Primeiro analisamos  a perspectiva de sobrevivência das crianças. Precisávamos saber se elas iriam respirar, ser entubadas e se conseguiriam sobreviver fora do útero da mãe. Começamos com uma tomografia, que nos deu uma ideia a respeito da anatomia e se era possível essa separação”, conta o Dr. Marcelo Jatene, diretor da Unidade de Cirurgia Cardíaca Pediátrica do InCor.

“Vislumbramos a possibilidade de fazer a separação, e a parte do VR foi o que nos deu a possibilidade final. Tínhamos uma ideia de fazer por um lado, e a realidade virtual nos ajudou a definir o que julgávamos ser o melhor. Não que seria impossível fazer na posição original, mas essa informação que o VR nos trouxe nos ajudou a definir o caminho que julgamos melhor.”  

Profissionais trabalharam por 30 dias nesse caso

Para o caso das irmãs siamesas, a equipe da edtech contou com 2 profissionais, que trabalharam por 30 dias, para que o sistema replicasse com precisão os modelos 3D gerados a partir dos exames de imagem para uma visualização da conexão e a relação das estruturas entre as recém-nascidas.

“O desafio era grande, mas acreditamos muito que a solução da MedRoom traria um diferencial importante para o sucesso da cirurgia. Trabalhar nesse case inédito no Brasil, em conjunto com o nosso parceiro InCor, nos permitiu evoluir ainda mais a nossa tecnologia”, pontua Sandro Nhaia, CTO e cofundador da edtech.

Esse foi um caso muito desafiador e ao mesmo tempo gratificante, por podermos unir o apoio à equipe cirúrgica com uso de tecnologia de ponta como a realidade virtual 3D e, sobretudo, trazer um benefício para as duas meninas”, conta Guilherme Rabello, gerente Comercial e de Inteligência de Mercado do InovaInCor, núcleo de inovação do InCor e da Fundação Zerbini.

Depois de passarem pela cirurgia de separação e enfrentarem o desafio de uma recuperação complexa, Sara e Eloá estão saudáveis, em casa, e recebendo todos os cuidados dos pais e médicos. 

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