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Aportes em startups podem chegar a recorde de US$ 10 bilhões em 2021

Agosto totalizou US$ 6,6 bilhões em investimentos em 2021, mas crise institucional do Brasil pode frear crescimento e afugentar a chegada de fundos estrangeiros

1 set 2021 - 15h56
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Investimentos em startups brasileiras podem fechar o ano de 2021 entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões, estima a plataforma de inovação Distrito em relatório sobre o mercado de inovação divulgado nesta quarta-feira, 1.º. Se concretizado, o valor seria um recorde para o setor no Brasil, que tem tido um ano excepcional, com unicórnios levantando megarrodadas e cheques cada vez maiores em todas os estágios de crescimento das empresas de tecnologia.

Até agosto de 2021, o setor soma US$ 6,6 bilhões em 457 negócios (que incluem aportes, fusões e aquisições) realizados ao longo do ano. A marca supera em 86% todo o ano de 2020, que fechou em US$ 3,5 bilhões em 549 operações.

Considerando apenas o mês passado, as startups brasileiras receberam US$ 772 milhões em 56 aportes. Os destaques foram QuintoAndar, que acrescentou mais US$ 120 milhões à rodada de maio passado, Omie (R$ 580 milhões), Unico (R$ 625 milhões) e Petlove (R$ 750 milhões). O valor supera em quatro vezes os US$ 191 milhões observados no mesmo mês de 2020.

"Se não houver mudanças, o mercado deve chegar a US$ 8 bilhões ou a US$ 10 bilhões em investimentos", afirmou o diretor do setor de dados da Distrito, Tiago Avila. Segundo ele, investidores estrangeiros veem no Brasil o mercado ideal para capitalizar startups, já que o País vê crescer a digitalização em ritmo acelerado pela pandemia.

O que pode frear esse crescimento, no entanto, são as condições políticas e institucionais do País, que podem afugentar fundos de investimento receosos de começar operações no Brasil.

"A deterioração da inconstitucionalidade do Brasil é grave para todo tipo de investimento e pode afastar quem ainda não veio para cá. E a reforma tributária pode também afetar a rentabilidade desses fundos de fora do Brasil", explica o cofundaodor e diretor operacional da Distrito, Gustavo Gierun. "Todo mundo já entendeu que o mercado brasileiro é privilegiado em termos de oportunidade, com a população se digitalizando, mercado crescendo, problemas estruturais gigantescos. Mas, se houver qualquer tipo de crise institucional, esse crescimento na inovação poderia ser afetado."

Estadão
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