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Golpe do material escolar gratuito já fez 600 mil vítimas

Cibercriminosos usam Whatsapp e Facebook Messenger para golpe que atinge tanto iOS quanto Android.

14 jan 2019 - 15h34
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Dói demais no bolso as compras de material escolar de início de ano ― especialmente aquelas listonas sem-noção feitas por algumas escolas particulares. Mas vai doer ainda mais se você achar que essa história de material escolar gratuito que foi disseminada em redes sociais é real. Não é real, é golpe!

Essa é uma campanha de cibercriminosos brasileiros que usam indevidamente o nome da empresa Faber-Castell. Nos primeiros dias de circulação da campanha, mais de 70 mil acessos foram registrados ao link malicioso. Em uma semana, o site registrava quase 600 mil acessos.

Foto: Reprodução

A campanha maliciosa está ativa desde o dia 3 de janeiro e, ao clicar no link malicioso, o usuário é direcionado para o site do golpe. Ao compartilhar a mensagem com 5 amigos no WhatsApp, o suposto prêmio será liberado. Um fator interessante dessa campanha maliciosa é a coleta de dados pessoais: logo na primeira página são solicitados número de telefones, e-mail e endereço da vítima. Tais dados ajudam os criminosos a cometerem mais fraudes futuramente.

“Em 2019, o WhatsApp continuará a ser o principal vetor de disseminação de golpes e fraudes no Brasil. O timing dos criminosos é sempre o de escolher temas que atraiam o maior número possível de visitantes ao site fraudulento e, assim, potencializar os ataques”, afirma Fabio Assolini, analista sênior da Kaspersky.

Depois de compartilhar a mensagem com 5 contatos, o que acontecerá na sequência depende do sistema operacional que o usuário possui no seu smartphone: se o sistema for iOS, após vários redirecionamentos será oferecido a instalação de aplicativos legítimos, mas que participam de esquemas “pay-per-install”, em que o criminoso ganha por cada instalação, inflando programas legítimos de apps e assim ganhando dinheiro de maneira forçada. Caso o usuário possua o sistema Android – usado em 80% dos smartphones brasileiros – pode ser oferecida a instalação de um aplicativo malicioso, ou somente o redirecionamento para uma página cheia de propagandas, que renderá lucros ao criminoso.

Foto: Reprodução

A novidade nessa campanha é o uso do Facebook Messenger – outro aplicativo de mensagens instantâneas bastante utilizado no Brasil. Na página maliciosa foi inserida a opção de compartilhar o link por esse aplicativo, o que indica que os criminosos estão buscando diversificar as plataformas usadas nos ataques.

Siga 3 dicas da Kaspersky para se proteger:

  1. Não clique em links: principalmente os recebidos de desconhecidos, nem em links suspeitos enviados por seus amigos via redes sociais ou e-mail. Eles podem ser maliciosos, criados para baixar malware em seu dispositivo ou para direcioná-lo a páginas de phishing que coletam dados do usuário. Além disso, seus amigos e familiares podem ter sido enganados ou hackeados;
  2. Sempre verifique o link antes de clicar. Coloque o mouse em cima do link para visualizar a URL e observe com atenção se há erros de ortografia ou outras irregularidades. Além disso, caso seja uma promoção ou algo utilizando o nome de uma marca famosa, sempre acesse o site oficial da empresa – digitando o site – para confirmar a veracidade da promoção ou campanha;
  3. Tenha uma solução de segurança robusta no seu celular e outros dispositivos. Utilize uma solução de segurança, como o Kaspersky Security Cloud, que alerta sobre os riscos à segurança, além de proteger os dispositivos contra phishing, malware, app mal-intencionados e outras ameaças conhecidas e desconhecidas. Além disso, mantenha sempre atualizada a solução de segurança para não cair em golpes de cibercriminosos.
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