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Vantagem de Netanyahu cai e Israel pode ter outra eleição

4 mar 2020 - 09h35
(atualizado às 10h29)
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Israel parecia se encaminhar para outro impasse político nesta quarta-feira, 4, depois que resultados quase completos indicavam que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não conseguiu garantir uma clara maioria para um bloco de direita no Parlamento, apesar de ter declarado vitória.

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
03/03/2020
REUTERS/Ammar Awad
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu 03/03/2020 REUTERS/Ammar Awad
Foto: Reuters

Com 99% dos votos apurados, o partido conservador Likud, de Netanyahu, tinha 35 dos 120 assentos do Parlamento, abaixo dos 36 projetados inicialmente após a eleição de segunda-feira. O rival centrista do premiê, o ex-chefe das Forças Armadas Benny Gantz, aparecia com 32 lugares para seu partido Azul e Branco.

Os primeiros-ministros israelenses geralmente precisam de uma coalizão comandando 61 cadeiras para seus governos sobreviverem. A contagem de quarta-feira sugeriu que, com os partidos alinhados ao Likud, uma coalizão de Netanyahu poderia agora reunir apenas 58.

O líder de quatro mandatos foi prejudicado por casos de corrupção, o que ele nega. Gantz citou acusação formal sem precedentes contra Netanyahu ao recusar se juntar a ele em uma coalizão.

No entanto, Gantz, um ex-general que lidera o partido centrista Azul e Branco, parecia não estar mais perto de conquistar uma coalizão, dadas as diferenças ideológicas em um campo de opositores de Netanyahu que inclui o ex-ministro da Defesa ultranacionalista Avigdor Lieberman e os partidos árabe-israelenses.

Isso pode significar mais um impasse e outra eleição após a votação de segunda-feira, que foi a terceira de Israel em um ano.

Netanyahu declarou vitória na terça-feira e alguns comentaristas israelenses ridicularizaram o fato, chamando de "fake news" nesta quarta-feira.

"A maioria dos cidadãos de Israel disse inequivocamente: não Bibi", tuitou Attila Somfalvi, âncora da Ynet TV, usando o apelido de Netanyahu. "Isso aumenta o risco de Netanyahu tentar novamente arrastar o país para eleições".

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