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Trump visita vítimas de massacre no Texas e em Ohio em meio a protestos

7 ago 2019 - 16h41
(atualizado às 20h31)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrou nesta quarta-feira, no Texas e em Ohio, com vítimas e socorristas de um dos ataques a tiros fatais do último final de semana, que chocaram o país, enquanto críticos e manifestantes o acusam de inflamar as tensões com sua retórica de inclinação anti-imigrante e racista.

Manifestantes aguardam chegada de Trump a hospital em Dayton, Ohio
07/08/2019
REUTERS/Bryan Woolston
Manifestantes aguardam chegada de Trump a hospital em Dayton, Ohio 07/08/2019 REUTERS/Bryan Woolston
Foto: Reuters

Em El Paso, na fronteira com o México, Trump visitou o Centro Médico Universitário, onde estão sendo tratadas as vítimas que foram feridas no atentado, no qual um homem publicou um manifesto xenófobo na internet e depois matou 22 pessoas em uma loja do Walmart no sábado,

Centenas de manifestantes, alguns deles segurando cartazes que diziam "Trump é racista", "Amor vence o ódio" e "Mandem-no de volta!", se reuniram sob um sol escaldante em um parque próximo ao hospital para criticar o presidente e sua presença na cidade de El Paso.

Mais cedo, em uma visita em Dayton, Ohio, a maior parte dela longe dos olhos do público, Trump visitou o Miami Valley Hospital de Dayton, em Ohio, onde vítimas estão sendo tratadas depois que nove pessoas e o suspeito foram mortos em um massacre na manhã de domingo, no segundo massacre cometido por um atirador que aconteceu em aproximadamente 13 horas e chocou ainda mais o país.

Multidões de manifestantes do lado de fora e no centro de Dayton pediam a Trump "Faça alguma coisa!" e levavam cartazes com dizeres como "O ódio não é bem-vindo aqui" e "Chega de Terror".

A porta-voz da Casa Branca Stephanie Grisham disse que o presidente e a primeira-dama Melania Trump se encontraram com várias das vítimas em seus quartos de hospital e com outras que haviam sido liberadas em Ohio, e agradeceu as equipes médicas por seus trabalhos.

"Foi uma visita acolhedora e maravilhosa", disse Trump no Twitter. "Entusiasmo tremendo e até amor."

Os massacres seguidos reabriram o debate nacional sobre segurança e armas de fogo.

Ao sair da Casa Branca, Trump disse que quer reforçar a verificação de antecedentes para compra de armas e impedir pessoas com doenças mentais de portar armas. Ele previu o apoio do Congresso para estas duas medidas, mas não para a proibição de rifles de assalto.

"Posso dizer a vocês que não existe apetite político para isso neste momento", disse Trump aos repórteres na Casa Branca. "Mas eu certamente tocarei no assunto... existe um grande apetite, quero dizer um apetite muito forte, pelas verificações de antecedentes".

Em Dayton, Trump foi recebido no aeroporto por um grupo bipartidário de autoridades estaduais e locais, incluindo a prefeita democrata de Dayton, Nan Whaley, que havia dito que daria as boas-vindas ao presidente, mas que planejava lhe dizer que ele "não foi útil" na questão da violência com armas.

Democratas dizem que Trump estimula a violência com sua retórica racialmente incendiária. O massacre de El Paso está sendo investigado como um crime de ódio, e o FBI disse que o atirador de Dayton mostrou interesse por ideologias violentas.

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