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Região italiana terá toque de recolher no Halloween

Decisão foi tomada pelo governador da Campânia, Vincenzo de Luca

16 out 2020 - 11h23
(atualizado às 11h32)
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Após ter decretado o fechamento das escolas para aulas presenciais até 30 de outubro, o governador da terceira região mais populosa da Itália anunciou nesta sexta-feira (16) um toque de recolher para o último fim de semana do mês, quando se celebra o Halloween.

Protesto contra fechamento das escolas na Campânia, sul da Itália
Protesto contra fechamento das escolas na Campânia, sul da Itália
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Reeleito recentemente com quase 70% dos votos, Vincenzo de Luca, que governa a Campânia desde 2015, se notabilizou pela postura linha dura na primeira onda da pandemia na Itália, mas os novos casos de coronavírus saíram do controle na região e vêm batendo seguidos recordes diários.

"No fim de semana de Halloween [31 de outubro e 1º de novembro], uma americanice que é um monumento à imbecilidade, fecharemos tudo às 22h. Será toque de recolher, não serão permitidos nem meios de transporte", anunciou De Luca, acrescentando que também existe a possibilidade de antecipar as restrições.

"Com os números atuais, não podemos brincar. O objetivo é manter em pé 80% a 90% das atividades econômicas, mas as pessoas precisam nos ajudar usando máscaras e evitando sair irresponsavelmente de noite", disse o governador.

Com 5,8 milhões de habitantes, a Campânia é a terceira região mais populosa da Itália e abriga a cidade mais importante do sul do país, Nápoles. Segundo um boletim fornecido por De Luca, a Campânia registrou 1.261 novos casos de coronavírus nesta sexta-feira, recorde da região desde o início da pandemia.

Ao todo, a Campânia soma 23 mil contágios, sendo 10.291 apenas em outubro. Em 18 de maio, quando a Itália saiu do lockdown, a região somava 4.695 casos e 399 óbitos - agora são cerca de 500 mortes na Campânia.

Escolas

Na noite da última quinta (15), De Luca já havia anunciado o fechamento das escolas da região para aulas presenciais até 30 de outubro.

A decisão causou mau humor em Roma, e a ministra da Educação, Lucia Azzolina, chamou a medida de "profundamente errada e inadequada". "Parece haver uma persistência do governador contra a escola", disse Azzolina.

Já nesta sexta, um grupo de mães de estudantes protestou em frente à sede do governo regional, em Nápoles, e assinou um manifesto dizendo que "hoje é o pior dia para a educação".

Ao mesmo tempo, motoristas de ônibus escolares fizeram uma carreata com seus veículos ao redor da sede do governo regional, sob os aplausos das mães. Após o protesto, De Luca afirmou que a decisão de fechar as escolas para aulas presenciais foi uma "escolha difícil, mas necessária".

"Agora precisamos usar responsavelmente essas duas semanas para trabalhar no aumento das linhas de transporte e no escalonamento dos horários", justificou.

A Itália soma atualmente 381.602 casos do novo coronavírus, sendo 8.804 registrados na última quinta-feira (15), recorde desde o início da pandemia, e 36.372 mortes.  

Ansa - Brasil   
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