Cunhado de decapitado pelo EI critica governo do Reino Unido
Colin Livesey, cunhado de Alan Henning, o mais recente refém britânico decapitado pelo Estado Islâmico (EI), disse neste sábado que o governo do Reino Unido "poderia ter feito mais" para salvá-lo.
Em declarações à Radio 4 da emissora BBC, Livesey, irmão da esposa do voluntário assassinado, destacou que o Executivo de David Cameron deveria ter tomado mais medidas quando souberam que Henning tinha sido sequestrado na Síria. Ele ainda chamou os carrascos de seu cunhado de "escória" e expressou sua desolação.
"Estou sentindo um aperto no coração que nunca achei que sentiria. Estou destroçado pelo que passaram minha irmã e suas duas crianças, é muito duro", declarou. "Estamos todos muito tristes sabendo que perdemos uma grande pessoa em nossa família", afirmou.
Sobre os militantes do EI que supostamente assassinaram seu parente, disse que "espero e rogo que recebam o que merecem, sinto um tremendo ódio em relação a eles".
Também neste sábado, Cameron prometeu usar "todos os recursos" a seu alcance para perseguir e punir os assassinos do britânico. "O assassinato de Alan Henning foi absolutamente abominável", disse o primeiro-ministro após manter uma reunião com representantes das forças de segurança do Estado.
"Como país, o que devemos fazer, com nossos aliados, é tudo o que for possível para derrotar esta organização nessa região (Oriente Médio) e também em casa", completou o chefe de governo do Reino Unido.
O vídeo
O grupo islamita radical divulgou na sexta-feira um vídeo que aparentemente mostra a decapitação de Henning, sequestrado em dezembro de 2013 na Síria quando trabalhava como voluntário em uma missão humanitária. O britânico é o quarto refém ocidental assassinado pelos jihadistas.
Na gravação, que está sendo verificada pelas autoridades, Henning afirma que "pela decisão de nosso parlamento de atacar o Estado Islâmico, eu como britânico pago agora o preço por essa decisão".
Os extremistas sunitas, que tomaram parte do território da Síria e do Iraque, já assassinaram também os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff e o voluntário britânico David Haines. Em cativeiro são mantidos o jornalista britânico John Cantlie e o americano Peter Kassing.
A Câmara dos Comuns aprovou no dia 26 de setembro, a pedido do governo, a participação do Reino Unido nos ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos contra posições do Estado Islâmico no Iraque.