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Barack Obama

Obama e Romney queimam cartuchos na reta final da campanha

3 nov 2012 - 09h52
(atualizado às 12h04)
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O presidente americano Barack Obama e o rival republicano Mitt Romney queimam os últimos cartuchos no fim de semana anterior à eleição de terça-feira, na qual os americanos decidirão o ocupante da Casa Branca pelos próximos quatro anos.

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Vestindo uma jaqueta militar, o presidente Barack Obama discursa no aeroporto de Green Bay, em Wisconsin. Na reta final da campanha eleitoral nos EUA, Obama e Mitt Romney intensificam os esforços para conquistar os votos dos indecisos
Vestindo uma jaqueta militar, o presidente Barack Obama discursa no aeroporto de Green Bay, em Wisconsin. Na reta final da campanha eleitoral nos EUA, Obama e Mitt Romney intensificam os esforços para conquistar os votos dos indecisos
Foto: AP

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Os candidatos travarão uma batalha nos estados chave que serão determinantes na eleição de 6 de novembro: Obama buscando solidificar sua linha de defesa, Romney tentando um impulso de última hora. Obama fará campanha em Ohio (Norte), possivelmente o estado mais decisivo, para depois seguir para os também importantes Wisconsin (Norte) e Iowa (Centro-norte), antes de chegar a Virginia (Leste), onde espera assegurar a vitória.

Romney, renovado depois do maior ato de campanha, que reuniu 18 mil pessoas em uma noite de sexta-feira fria em West Chester, Ohio, percorrerá New Hampshire (Nordeste), Iowa e Colorado (Centro-oeste). Em uma disputa acirrada, no último fim de semana antes da votação, os dois candidatos passarão pela cidade de Dubuque, leste de Iowa, com poucas horas de diferença.

No comício de sexta-feira, Romney reuniu antigos rivais nas primárias republicanas, Rick Santorum e Rick Perry, assim como o veterano John McCain, derrotado por Obama na eleição de 2008. No total, 45 congressistas e familiares do candidato e de seu candidato a vice, Paul Ryan, compareceram ao evento no reduto republicano de Cincinnati.

"Já estamos quase em casa. Um último empurrão e chegamos", disse Romney."Estamos tão, mas tão perto. A porta para um futuro melhor está ali, aberta, nos esperando", completou. Obama escapou na sexta-feira de uma bomba de última hora com o anúncio de que o desemprego em outubro subiu 0,1%, a 7,9% (abaixo da barreira de 8%), e com a criação de 171 mil postos de trabalho, acima do esperado, o que animou a esperança de reeleição democrata.

Os resultados não foram espetaculares, mas os indicadores foram bem recebidos pelo mercado e serviram para Obama alegar que a economia está melhorando aos poucos. Mas consciente de que milhões de americanos ainda sofrem com o persistente impacto da pior recessão desde 1930, Obama evitou um tom triunfalista.

"Temos feito progressos reais", disse em Hilliard, Ohio. Romney disse que a taxa de desemprego é uma "triste recordação" de que a economia americana está em uma "virtual paralisação". Obama acusou Romney de tergiversar os fatos, ao mencionar um anúncio publicitário da campanha republicana que denuncia que a montadora Chrysler exportará trabalho para a China produzindo no país seus veículos Jeep.

"Sei que estamos perto de uma eleição, mas isto não é um jogo. São os empregos das pessoas. São as vidas das pessoas", disse Obama, recordando que os executivos da empresa desmentiram a afirmação. O presidente sempre recorda a decisão de 2009 de salvar a indústria automotiva da falência. Um em cada oito postos de trabalho em Ohio está vinculados ao setor. A oposição de Romney ao resgate pode ser fatal para o republicano.

Depois de semanas de uma disputa cabeça a cabeça nas pesquisas, novos sinais mostram uma pequena vantagem de Obama. As novas sondagens mostram os candidatos próximos a nível nacional, mas com Obama à frente nos estados indecisos. A eleição presidencial nos Estados Unidos é indireta. Cada estado representa um número de votos no colégio eleitoral e os candidatos precisam de pelo 270 votos dentro do colégio para chegar à Casa Branca.

Obama tem vantagem sobre Romney em vários estados chave, mas a diferença fica dentro da margem de erro, o que permite prever uma noite de terça-feira nervosa para democratas e republicanos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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